
Campeão da Libertadores em 2024, o Botafogo defende o título continental em 2025. Em entrevista exclusiva à Botafogo TV, Alex Telles ressaltou o entusiasmo do time para o torneio, cujo sorteio da fase de grupos ocorrerá nesta segunda-feira, e a capacidade do Alvinegro.
– Quando conquistamos título da forma que foi, as etapas que passaram, a final, uma Libertadores histórica, chegamos com muita confiança. Somos os atuais campeões, temos responsabilidade e pressão, que seja pressão positiva e se transforme em confiança. Tenho certeza que os jogadores estão fazendo muito esse trajeto de pressão para confiança. Já passamos por isso ano passado, sabemos qual o caminho. O ano está só começando, os clubes vão querer vencer o Botafogo, atual campeão, mas temos o título a defender e sabemos o quanto somos forte nessa competição. Já demonstramos isso e vamos ser assim até o fim – garantiu Alex Telles, à Botafogo TV.

– Uma coisa tão legal, que foi nosso grande título ano passado. Acabei de chegar do treino, dia bem puxado, treino de manhã e de tarde, tudo em prol do objetivo, que é mais uma vez conquistar esse título. Só o Palmeiras conquistou duas vezes seguidas, é uma oportunidade que temos esse ano, vamos dar o nosso máximo para poder conquistar novamente – explicou.
O lateral-esquerdo teve papel fundamental na vitória da Libertadores no ano anterior, marcando um gol na final contra o Atlético-MG.
– Foi um momento legal. Posso dizer com muita convicção que foi o momento mais importante, de tensão, da minha carreira. Um dos mais importantes. Não carregava só a responsabilidade de converter o pênalti, mas, não só eu como todos os atletas, carregávamos o sonho de um clube e de uma torcida. Era um momento pesado, mas eu me sentia muito confiante, trabalhei na minha carreira para esses momentos, sempre gostei deles e consegui passar de forma positiva. Fiquei muito feliz de converter o pênalti e dar alegria para a torcida do Fogão. Não passa muita coisa na cabeça a não ser focar em fazer o meu melhor, o que venho fazendo nos treinos. Senti muita confiança para poder fazer o gol de pênalti – afirmou Alex Telles.
– Foi um misto de emoções. Era uma final épica, da forma que estava acontecendo, com um jogador a menos, pudemos fazer as pessoas serem felizes com a conquista do título e poder festejar com seu clube. Estava com esse intuito, de ajudar um pouquinho, para eles poderem comemorarem – frisou.
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América do Sul x Europa
– Essa pergunta é muito boa, porque cada campeonato e seu país têm sua característica. Tanto a Europa League quanto a Champions League têm um nível altíssimo. A Libertadores também é um nível altíssimo. No ano passado eu tive a prova, já tinha jogado em 2013, quando eu estava no Brasil. Eu acho que a dificuldade maior com a Libertadores, com certeza, é a logística, a questão da viagem longa, altitude, pegar um outro campo que não seja da melhor qualidade. A gente sabe que a gente encontra muitas dessas questões da catimba, da forma como os sul-americanos gostam de jogar. Então eu acho que essa é a parte mais diferencial em relação à Europa. Na Europa é tudo mais perto, a logística é mais tranquila, entre aspas. A gente consegue também pegar um método de gramado, de estádio, tudo da mesma forma. Então essa é a parte mais tranquila.
– Mas eu acredito que a questão da Libertadores tem essa questão mesmo da rivalidade. Brasil, Argentina, Uruguai, enfim. Tem a questão da catimba e, com certeza, a altitude é uma questão que é mais pesa para os atletas. E também a viagem longa. Com o calendário que a gente tem no Brasil, que é muito grande, que tem jogos a cada três, quatro dias, com a catimba, com certeza, fica mais complicado. Mas isso não é desculpa, isso não é nenhum argumento para que a gente não possa viajar e dar o nosso melhor e vencer os jogos.
5 a 0 sobre o Peñarol
– Aquele jogo foi um jogo atípico. A gente sabia como viria o Peñarol, da forma que eles gostavam de jogar. A gente sabia que era um time que brigava por todas as bolas. Todos os detalhes, todos os duelos eram fortíssimos. E a gente tinha que entrar da mesma forma. A gente sabia como era, no ano passado, a nossa equipe, a forma como nós jogávamos, como nós éramos agressivos dentro de casa, e a gente sabia que a gente tinha que fazer o resultado no primeiro jogo.
– E provou mais ainda que, independente de ser o primeiro ou o segundo tempo, a gente consegue fazer o resultado dentro da nossa casa, se nós formos agressivos, se nós formos fiéis ao nosso trabalho. O primeiro tempo, eu lembro, foi a primeira parte meio que burocrática, mais difícil. Os dois times se estudando e a gente não conseguiu fazer o resultado. Mas, em nenhum momento, nem nós, nem a torcida se deixou abalar. Eu lembro muito que, no intervalo, a torcida aplaudiu e estava focada, nos apoiando muito. E o segundo tempo, nós conversávamos que, a partir do momento que saiu o primeiro gol, a gente ia conseguir deslanchar e não foi ao contrário. A gente fez o primeiro logo, acho que foram os dois gols. Os dois primeiros foram em questão de quatro minutos. E depois já veio o terceiro e o quarto e o quinto foram lá mais para o fim. E a gente conseguiu fazer esse resultado. Mostrando que, realmente, Libertadoes não basta só jogar bonito, tem que realmente ganhar os duelos e estar sempre disposto a lutar a cada gol.
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