Apresentado no início da temporada, o peruano Alexander Lecaros ainda não estreou pelo Botafogo. A única partida do meia foi no amistoso contra o Vitória/ES, em janeiro. Segundo o meia, seu biotipo físico e até mesmo o calor explicam a dificuldade enfrentada no Clube.
— Cheguei aqui e vi todos muito fortes, com muita massa muscular, e eu me via fraco, magrinho. O calor também me prejudicou, porque nunca havia treinado com tanto calor, aqui é muito quente – disse em entrevista ao canal peruano “DirecTV”.
Já Paulo Autuori, técnico do Botafogo, acredita que a adaptação do peruano, sobretudo em meio à pandemia do novo coronavírus, é a principal dificuldade do atleta.
— É um jogador novo, com qualidades técnicas. É ousado. Tem como característica o drible, o mano a mano. É um jovem e, como tal, devemos entender. Ele, assim como Cortez, tem estão vivendo dificuldades por estarem num momento como esse, longe de suas famílias. O Botafogo tem feito um trabalho muito bonito de assistência social com estes jogadores. Eles têm potencial. O Botafogo escolheu trazer esse jogador, então tem que dar o espaço e o apoio para que passo a passo possa corresponder às expectativas – disse em entrevista à Botafogo TV.
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Para se aproximar do nível físico dos demais atletas do plantel, Lecaros, desde que chegou ao Botafogo, foi submetido a um trabalho especial para ganho de massa muscular. A atenção do Clube fez o atleta recuperar a confiança, a ponto de sonhar com titularidade e seleção.
— Sabia que minha hora iria chegar, mas veio a pandemia. Agora é recuperar tudo que perdemos nessa quarentena, depois tratar de ganhar a titularidade, é tudo o que quero agora, para chegar mais longe e depois conseguir chegar à seleção. Que jogador não quer servir à seleção? É uma das minhas metas também, é um sonho – garante.
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Barreiras pessoais
Em quarentena sozinho, o peruano de 20 anos encontrou outro obstáculo no Brasil: a cozinha.
— Vinha conversando com meus pais sobre esse tema (comida), nunca passou pela minha cabeça que aconteceria algo assim. Mas estou levando bem, nos primeiros dias olhava para cozinha e pensava: “O que que eu faço?” Depois, comecei a ligar pra minha mãe, e ela foi ajudando – disse.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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