Após o gol do Flamengo no último lance do clássico, em pênalti polêmico, o técnico do Botafogo Paulo Autuori disparou contra a CBF. Segundo o treinador, que interpelou o árbitro ao final da partida, não adianta ter VAR, se o critério para chegar à conclusão é interpretativo.
— Fui conversar com o (Leandro Pedro) Vuaden após o jogo porque me dou bem com ele. Fui tentar entender a interpretação. Meu problema é a interpretação. Por exemplo, contra o Fortaleza, no pênalti do jogo, nem o VAR chamaram. O que quis dizer é que nenhum momento o jogador estava de frente para bola. E quando a bola bate em uma região de amortecimento, ela dificilmente toma a velocidade que tomou. Isso é lógico. Estou aqui para discutir as interpretações. Não adianta ter VAR. Porque nós continuamos na interpretação. E nessa hora, sempre as mesmas equipes são favorecidas. Então, não quero argumentar nada disso.
— Quero dizer claramente. Aqui no Brasil, infelizmente, toda hora vão reclamar dentro da CBF. Com cartas, como se isso adiantasse alguma coisa. O que adianta é trabalho, transparência. Porque no momento de decidir e interpretar, a interpretação tem sido contra o Botafogo, claramente. Se algum dirigente nosso tem dificuldade de falar isso, eu não tenho nenhuma. Na minha carreira, nenhuma vez justifiquei a derrota pela arbitragem. Hoje nós fomos eficientes, eficazes. Nada a falar sobre arbitragem e tudo a falar sobre a conjuntura do futebol brasileiro. É muito fraca e é suspeita. Isso chega um momento que cansa. Quando a gente precisa discutir coisas sérias, discutimos cor da meia, cabelo de jogador.
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Análise do clássico:
— Espero que estejamos sempre dando passos para frente. A equipe tem respondido. Não tem gosto amargo. O meu trabalho é pensar sempre à frente. Analisar o que a gente fez em termo de presente. Esquecer passado. Agora é enfrentar o Paraná, que é um adversário que tem crescido muito na Série B.
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Acerto com Rentería
— Mantenho o que falo. Gosto de trabalhar com jogadores locais. Os estrangeiros vêm para dar o salto de qualidade. Nós fomos atrás de alguns jogadores aqui e nenhum deles tinha o perfil adequado. E não sou radical. A partir do momento que não tínhamos perfil aqui, havia a possibilidade. Não vou prejudicar uma instituição em função das minhas vontades. Conheço o Rentería do Tolima. Não estou aqui para satisfazer minhas vontades, mas para ver as necessidades que o grupo tem. Construímos tudo em conjunto. Onde eu trabalho, eu acredito. Acredito na valorização dos jogadores da casa, da formação. Gosto de fazer isso. Não trabalho com orçamentos milionários. Não preciso disso do nível de exigência e rigor que tenho.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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