Antes da partida contra o São Paulo, a única certeza de Barroca no Botafogo são os desfalques para a partida contra o Tricolor Paulista, neste sábado (21), às 11h, no Nilton Santos.
Com Alex Santana e Carli fora por questões físicas e Diego Souza por questões contratuais, o treinador Alvinegro afirmou, em coletiva de imprensa, ter três possibilidades de composição da equipe para a partida.
Confira a íntegra da coletiva de Eduardo Barroca:
Pedido
— Eu queria antes da coletiva externar que essa semana tem uma pessoa fazendo um perfil fake meu no Instagram e a gente fez a denúncia aqui pelo Botafogo e não parou. Então eu entrei por meios legais para tornar público que aquela página não é minha, por receio da pessoa fazer algo que não condiz com o que penso. Queria contar com a colaboração de vocês, porque é um assunto muito sério, porque configura inclusive crime de falsidade ideológica.
Eu entrei já com uma ação e não sei em que pé está, não sei se a página já foi retirada do ar ou não. Quero deixar público que não tenho rede social nenhuma. Meu canal oficial de comunicação é via Botafogo. Já identificamos a pessoa e entramos em contato para que isso seja encerrado.
Time titular
— Ainda vou estender essa decisão para o treino de hoje. Existem três possibilidades que trabalhei durante a semana. Uma possibilidade é um centroavante por outro. Uma segunda opção é de entrar com três jogadores de mais velocidade na frente. E uma terceira, que me agradou muito durante a semana, seria entrar com meia de origem, mudar um pouco nossa estrutura, porque como uso o Diego flutuando como meia, seria entrar com um meia de origem para ter dois jogadores mais soltos na frente. E aí seria entrar com dois meias, jogar com dois volantes e dois atacantes de maior velocidade. Enfim, hoje ainda vou usar um pouco mais do tempo para testar e usar no jogo de amanhã.
— É um time muito forte, que está brigando o tempo inteiro na parte de cima, treinado por um profissional muito vitorioso. Por isso, vamos precisar estar no limite para sermos competitivos e ganharmos do São Paulo. Mas tenho toda confiança no grupo de que podemos fazer um bom jogo e atingir nosso objetivo nesse início de returno normalmente.
— Estão fora, problemas físicos. O Gilson treinou durante a semana e vai para o jogo normal. Então, dos jogadores que não estão aptos, seria realmente Carli, Alex e Diego Souza, por uma questão contratual.
Possíveis mudanças
— Tenho por hábito nos meus treinamentos não definir uma equipe. Eu misturo todo mundo para dar condições iguais a todos. É muito mais por caracaterística, se eu optar por um meia em vez de um centroavante, como eu utilizo muito o Diego flutuano, é muito mais a possibilidade de usar quatro homens de meio em vez de três. E dar uma maior liberdade para os dois homens de frente, com menos responsabilidade defensiva para eles, já que eu teria um homem a mais no meio.
Ausência de Carli, Alex e Diego Souza
— Certamente fazem muita falta. Todos os jogos que a gente pode contar com todos é sempre muito melhor. Diego e Alex são jogadores decisivos, têm números expressivos. O Carli é o nosso capitão, tem uma liderança em campo, um cara que quando está jogando o Botafogo tem números muito positivos. Mas não tenho por hábito lamentar, porque tenho confiança no meu grupo. Às vezes esse tipo de situação é oportunidade para quem não tem tanta.
Vantagens e desvantagens do alto número de atletas da base no elenco
— Desvantagem é você ter pouca referência deles nesse tipo de competição. De alguns deles, não de todos. Como eles se comportam ganhando, perdendo, jogando bem, jogando mal, enfim. Um lado positivo é que eles têm o hábito coletivo por ter trabalhado comigo muito tempo, então eles sabem exatamente o que gosto. Eles até ajudam os mais velhos nesse sentido, a levar o trabalho de coletividade a algo que interessa para gente. E o principal: eu tenho muita confiança nesses jovens jogadores.
Todas as vezes que eles foram experimentados sob meu comando em nível nacional, eles sempre deram respostas muito boas. Por isso, a gente conquistou um Brasileiro da categoria e no ano seguinte a gente terminou em 5º e podia inclusive ter brigado pelo título de novo, em 2017.
Eles ganharam campeonato estadual, Taça Rio, OPG. Eles foram muito vitoriosos em jogos importantes comigo. Então, eles sabem que o treinador confia muito neles. Acho que isso é muito importante também para o clube, porque é uma oportunidade de fechar um ciclo da forma correta. Há um investimento de anos nesses jovens jogadores e a gente tem uma geração que está tendo uma oportunidade de fechar o ciclo no profissional.
Já falei aqui da final de 2016, se não engano, daquele time só um jogador não teve oportunidade no time profissional do Botafogo. Todos os outros 10 que entraram em campo naquela partida, tiveram oportunidade. É um aproveitamento muito alto de uma geração que foi vitoriosa.
Daniel Alves
— O São Paulo não é só o Daniel. Eles têm muita qualidade e muita qualidade na reposição. Os jovens do São Paulo são todos de nível de seleção e trabalharam comigo lá, Toró, Antony, Lizieiro, Igor Gomes. Todos eles têm nível muito alto. Então precisamos estar organizados para fazer um jogo de imposição para que na maior parte do tempo os jogadores do São Paulo se preocupem com os jogadores do Botafogo. Não o contrário. Por isso, precisamos fazer um jogo de intensidade alta, trazendo o jogo para nossa principal característica.
Início do terceiro ciclo
— Estamos iniciando um terceiro ciclo e dentro desse confronto contra o São Paulo é muito importante. Primeiro o início do ciclo, começar vencendo é muito importante. Temos nossas metas de pontuação, então vencer um adversário que não vencemos no turno é uma oportunidade para zerar o nosso campeonato de duelos. Então a gente está com menos três com o São Paulo e temos a oportunidade de zerar. Além de somar três pontos, diminuir o distanciamento nesse confronto com o São Paulo, que é um dos nosso objetivos.
— É um jogador extremamente profissional. Talvez seja um dos mais profissionais que a gente tem aqui. Tem conduta exemplar, treina muito sério. Mas a gente tem um setor ali que permite pouca brecha. O Cícero é um cara que joga sempre, não é de fazer tantas faltas, aguenta fisicamente jogar muito bem o nível do Brasileiro. Então é muito mais a competição interna. O Alan é um cara que eu conto demais, gosto do futebol dele, da postura. É um cara que ajuda dentro e fora de campo. Daqui a pouco certamente vamos utilizá-lo e ele vai nos ajudar.
— É um jogador que está voltando de uma lesão. Vai ser muito importante para nós até o final do campeonato. Porque tem experiência, porque tem história com a camisa do Botafogo e por isso vai nos ajudar até o final do campeonato.
Pagamento de parte dos salários
— Ajuda, porque diminui uma situação de muitas pessoas que dependem do seu salário para honrar seus compromissos. A gente ainda não está na condição ideal, mas mais uma vez: a gente precisa focar na nossa responsabilidade do Botafogo no Brasileiro. Trabalhar o mais correto possível e assim que vamos fazer para podermos estrear no turno com uma boa apresentação, se possível com uma vitória.
O Botafogo de Barroca é o décimo colocado do Brasileirão, com 27 pontos, a cinco pontos do G6 — a sexta posição é do São Paulo, adversário deste sábado, no Nilton Santos.
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