Colunista do UOL, Milly Lacombe tem se manifestado contrária ao que chamou de ‘privatização dos clubes’, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em seu artigo no portal, a jornalista propõe um amplo debate sobre o tema, com dois lados expostos.
Segundo Milly, simplesmente aceitar que não haja alternativa à venda dos clubes é reduzir o debate.
“Aceitar que não há alternativa é aceitar que, de fato, nossas ideias acabaram. Aceitar que o seu time de coração passe a ter um dono é dizer que essa camisa tem um preço. Tem? Quanto vale o seu time? Quanto vale sua paixão?”, indagou.
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Para a colunista, a inexistência de um amplo debate pressupõe as SAFs como salvação do futebol.
“Reparem como não há debates abertos sobre a privatização dos clubes, as chamadas SAFs – Sociedades Anônimas Futebol – que recentemente puderam passar a existir no nosso futebol por causa de ajustes nas leis. As SAFs são celebradas como sendo muito boas, um caminho rumo ao desenvolvimento, a salvação do futebol e é isso”, pontuou.
Apesar dos vultuosos investimentos possíveis graças à venda do futebol, Milly defende que o amor dos torcedores aos clubes passa pouco pelas vitórias.
Mas, a mesma sociedade que te convence de que só existe vida nas coisas privadas, também faz você acreditar que tudo o que importa é vencer, vencer e vencer. Quando a gente bem sabe que o amor que sentimos por um clube, ou por uma pessoa, ou por qualquer coisa, passa muito menos pelas vitórias do que pelas coisas difíceis que enfrentamos juntos, finalizou.
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Se é como uma “Privatização” do Futebol, melhor. Com gestão profissional vai aumentar a receita, acabar com as falcatruas nas negociações, gerando lucro a empresa e diminuindo as dívidas. E o objetivo principal, para alegria dos torcedores, muitos títulos aos torcedores.
Vale muita a paixão e muito mais a saúde financeira vimos fogo
Falar agora, têm vários falando que foi mal negócio, onde estavam esses para ajudar de alguma forma? Qual então é a fórmula mágica para os mais de 1bi de dividas ? Como solucionar as penhoras ? O clube não é um patrimônio material da torcida, é imaterial, sentimental, está sendo vendido o futebol, patrimônio dos sócios, para que o imaterial no futuro não torne-se apenas lembranças de um passado glorioso.