O Botafogo corre contra o tempo para, enfim, implementar o modelo de clube-empresa ainda este ano. Para tanto, o Clube tem buscado investidores, aos quais apresentará o projeto da Botafogo S/A — viável a partir de um estudo financiado pelos irmãos Moreira Salles.
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Bilionários, Walter e João Moreira Salles também respondem pelo investimento no Centro de Treinamento do Botafogo, em Vargem Pequena. Apesar de toda contribuição ao projeto, os Moreira Salles não estão garantidos entre investidores da Botafogo S/A. Inclusive, segundo Luiz Felipe Novis, vice de finanças do Clube, o projeto não trabalha condicionado à participação dos irmãos.
— Eles já fizeram muito ao Botafogo. Eles chegaram à brilhante conclusão de que ficar apagando incêndio aqui não resolve nenhum problema. Como todo bom empresário sabe, isso tem que acabar. Você tem que atacar a causa raiz do problema. Por isso, eles pararam de apagar esse incêndio e, a partir de conversas, contrataram o estudo. Os irmãos detestam qualquer tipo de publicidade. Não têm vaidade em relação a isso. Isso tem que ser muito respeitado. Se for do interesse deles o projeto como está, ótimo. Mas a gente não está trabalhando condicionado a isso. Não podemos depender disso só. Se amanhã eles não entrarem, eu continuar respeitando eles da mesma forma que admiro hoje – disse em entrevista ao “Canal do TF”.
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Posição dos Moreira Salles
Em julho de 2019, os irmãos Walter e João Moreira Salles falaram sobre o tema. Por meio de nota, afirmaram que não querem administrar o clube ou mesmo ser donos.
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“Nossa intenção não é determinar o destino do Botafogo e sim de oferecer opções. Somos torcedores do Botafogo, e queremos o melhor para o clube. Acima de tudo, não queremos ser donos do clube, ou administrá-lo. Nossa única intenção ao contratar a E&Y foi entregar ao Botafogo, nesse momento tão crítico, um roteiro realista dos caminhos possíveis a serem percorridos. A partir daí, caberá ao clube, e aos seus torcedores, definir o seu futuro. O estudo teve a duração de cinco meses e oferece um diagnóstico bastante preciso da situação financeira do Botafogo, esclarecendo a dimensão do problema de dívidas do clube. Não existem atalhos possíveis, nem soluções de curto prazo“, diz um trecho da nota.
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