Se hoje a torcida do Botafogo comemora o título da Série B e tem esperança por dias melhores, o fator tinha efeito contrário há um ano. Então rebaixado no Campeonato Brasileiro, o Alvinegro tinha poucas – ou quase nenhuma – esperança de melhora. Caio Alexandre, um dos poucos destaques do Botafogo, vivenciou tudo de perto.
O volante, atualmente no Vancouver Whitecaps, do Canadá, deu detalhes sobre os bastidores do clima que marcou o Alvinegro na campanha do rebaixamento em entrevista ao “Charla Podcast”:
— Todo mundo se entregava dentro do jogo. Minha família está de prova que eu chegava muito triste em casa. Às vezes fazia gol, jogava bem pra caramba. Mas trocaria jogar bem, estar no bom momento pro time ter ficado na Série A. Foi algo que não deu certo mesmo, mas penso que tudo é um processo. Hoje o clube está se estruturando melhor. O Botafogo é gigante, está se reerguendo e está voltando para o lugar que, de fato, não deveria ter saído – afirmou.
50 jogos na temporada
O camisa 19 foi um dos poucos que ‘se salvaram’ diante da campanha de poucos destaques – não à toa, foi vendido ao exterior mesmo com o rebaixamento. Caio contou que fez questão de participar de todas as partidas apesar de sentir dores porque queria tentar salvar o clube da queda.
— Era difícil. Muitos jogos pesados, foram 50 (jogos), fui o que mais joguei na temporada… Novo, 21 anos, primeira temporada como profissional. E eu falava para os caras da comissão que eu iria jogar todos os jogos, que podia me colocar em todos os jogos. Tinha vezes que era jogo quarta e sábado. Aliás, só um dia de descanso, risco de lesão e eu queria dar o meu melhor. Bati no peito mesmo, responsabilidade, queria jogar, disse que a bola iria no meu pé e eu faria outros jogadores crescerem comigo. Fui até o final, se tivesse que ir até o final, dar carrinho pra evitar gol eu fazia, joguei com dor – confessou.
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