Capelo explica decisão do Botafogo de interromper pagamento do RCE e cita riscos

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Foto: Reprodução

A diretoria da SAF Botafogo decidiu não paagar dívidas cíveis desde dezembro. Isso porque, com a alta dos juros, John Textor pagava as pendências, mas o montante não diminuía. Nesta quarta, 15, o jornalista especialista em finanças Rodrigo Capelo demonstrou e explicou, em números, o tamanho do problema (veja imagem abaixo) do Glorioso.

— Os números ilustram o principal problema e o motivo pelo qual o Botafogo está desistindo daquele acordo que ele havia feito de RCE (Regime Centralizado de Execuções). O endividamento do Botafogo, em março, era de R$ 966 milhões. Já em setembro, caiu para R$ 963 milhões. No período, no entanto, o Botafogo pagou R$ 63 milhões. Então como pode a dívida pode ter baixado só 3 milhões? Esse é o problema – disse para concluir.

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Foto: Reprodução

— São juros. No momento em que a lei da SAF foi formulada, ficou estabelecido ali, por sugestão do Botafogo, diga-se de passagem, que a taxa de correção dessa dívida seria a taxa Selic. Essa taxa naquele momento era de 2%. Hoje essa taxa está próxima de 14%. Então os juros de hoje são diferentes daquele primeiro acordo. Isso prejudica muito a SAF do Botafogo que paga e não consegue baixar a dívida.

— Qual foi a decisão que SAF tomou? Para-se de pagar as dívidas via RCE e vai se buscar uma outra renegociação com os credores. Tanto cíveis quanto trabalhistas. Agora a gente tem que destacar que a diretoria do Botafogo tomou a decisão deliberada de não honrar o RCE. E isso expôs o Clube a uma série de riscos. Hoje, a SAF está correndo para refazer esse acordo – disse.

Segundo o jornalista, o Botafogo trabalha com outra negociação com os credores.

— Riscos que o Textor foi alertado que correria se não pagasse a RCE, como fez. O torcedor tem adotado algumas narrativas que os juízes são maldosos e não estão respeitando a lei. Não é verdade. A SAF não gera tanta receita assim a ponto de esses 20% serem suficientes para pagar um grande volume de dívidas. Por outro, se o aporte do Textor for todo usado para pagar dívidas, não tem investimento no time. Então o cenário é esse. O Textor tomou uma decisão para entrar em renegociação com os credores – finalizou.

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