
Tiago Nunes caiu. O treinador indiscutivelmente é um nome menor que o projeto do Botafogo. Só aí já resta evidente que o problema não era Tiago em si. O erro é anterior. Está na origem.
Desde a saída de Caçapa rumo ao Molenbeek, a análise da SAF para o comandante está totalmente em dissonânica com formação do elenco… pela própria SAF.
O elenco do Botafogo é montado para atuar em transição e não propondo o jogo. Não por acaso o modelo levou o Glorioso histórica campanha de primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Sem qualquer constrangimento, o Botafogo de Luís Castro oferecia a bola ao adversário, invariavelmente tinha menor posse de bola, se defendia compactado com linhas baixas, mas era letal nos contra-ataques. Assim enfileirou vitórias e disparou na liderança.
Desde a saída de Cláudio Caçapa, no entanto, o Botafogo mudou o modelo de jogo. Com Bruno Lage, John Textor sinalizou que gostaria de jogar com o time mais protagonista, com linhas altas. Como se sabe, a ideia fracassou. O Alvinegro passou a ficar exposto na defesa e despencou da liderança para a quinta posição no Brasileiro.
Tiago Nunes é apenas o erro mais recente da SAF.

A diferença de Tiago Nunes para Lage é uma só: o pai da criança. Enquanto o português foi escolhido por John Textor, Nunes era aposta de Alessandro Brito, head scout do Botafogo. Em comum: o erro de análise. Ambos treinadores tentavam um time muito distante das características do elenco.
Agora com o cargo vago mais uma vez, Textor tem mais uma oportunidade para repensar e acertar no nome respeitando as características do plantel.
Em suma: o Botafogo precisa de um técnico que monte o time para atuar de maneira reativa. Do contrário, tanto faz o nome ou tamanho do profissional à beira do campo.
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