Durante a reunião virtual do Conselho Deliberativo do Botafogo na última segunda, 12, o conselheiro Bernardo Santoro defendeu a “auto insolvência” e refundação do Clube. O tema, no entanto, não ganhou a pauta do encontro.
Segundo o conselheiro, eleito pela chapa de Walter Machado, a decisão do Conselho foi antidemocrática, infantil e covarde. Para o ex-vice de finanças da gestão CEP, a insolvência do Clube é a única capaz de tirar o Botafogo da atual situação.
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Após a reunião virtual do Conselho, aliás, Bernardo Santoro relatou detalhes do episódio ocorrido.
Leia a íntegra da nota:
Na reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo de hoje, o Presidente da mesa defendeu a aprovação de comissões especiais para garantir maior participação dos conselheiros nos grandes temas do clube, supostamente promovendo democracia interna.
Sugeriu três temas e eu apresentei um quarto: que abríssemos uma comissão para estudar os efeitos benéficos e maléficos de uma auto insolvência do Botafogo e refundação do clube.
O “democrata”, aliás, pautou as propostas dele e as aprovou. No entanto, sequer pautou a minha. A única, de fato, que pode tirar o Botafogo dessa situação lastimável que se encontra.
Não vejo problema nenhum em por em votação e derrubar proposição minha. Mas não pautar é infantil, para não dizer covarde.
Essa é a pseudo-democracia da nova gestão do Conselho Deliberativo do clube, blindada pelo fato da reunião ser online. Enfim, segue o baile e o apequenamento do Botafogo.
Professor universitário, Bernardo Santoro acumula polêmicas na vida pública. Em 2014, foi acusado de machismo por uma estudante de Direito da Uerj.
Dois anos depois, em 2016, participou da elaboração do programa de Flávio Bolsonaro (PSL) à Prefeitura do Rio e sofreu críticas de Carlos Bolsonaro (PSC). Também elaborou o plano de governo de Wilson Witzel (PSC), afastado do cargo e defendeu o deputado estadual Rodrigo Amorim, após o parlamentar quebrar uma placa em homenagem a Marielle Franco, assassinada em 2018.
O outro lado
O Fogo na Rede procurou Mauro Sodré, presidente do Conselho Deliberativo do Botafogo. Segundo Sodré, não houve retaliação à demanda apresentada por Bernardo Santoro.
— Não existe nenhum impeditivo quanto ao tema proposto. Muito pelo contrário. A mesa inclusive já está estudando o assunto para se aprofundar. Não foi possível pautar o tema do Bernardo por uma questão de logística. Como a reunião teve de ser online por causa da pandemia, as fichas de votação dos temas propostos já estava elaborada previamente. Se a reunião fosse presencial, por exemplo, a sugestão dele entraria. Aliás, se o Bernardo tivesse proposto o tema antes da elaboração da pauta, seria incluído sem problema nenhum – garantiu Mauro Sodré.
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