
Volante do Botafogo de 2007 a 2010, Leandro Guerreiro viveu a melhor fase da carreira no Alvinegro. Em entrevista ao “Canal do André Marques”, o ex-jogador relembrou a passagem por General Severiano e elegeu a partida mais marcante no Clube.
— A final em 2010, contra o Flamengo. A cavadinha do Loco Abreu eu nem quis olhar. A gente já vinha de três anos perdendo. Perdemos 2007, 2008 e 2009. Todas indo para final contra o Flamengo. O pensamento era: ‘não podemos perder a quarta’. Esse jogo com certeza está marcado. Não vou esquecer nunca. Ganhar uma competição direto, os dois turnos. Nós iniciamos o ano muito mal, tomando uma goleada para o Vasco. O Joel mudou o Botafogo da água para o vinho. Atropelamos todo mundo e nos sagramos campeões.
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Leandro Guerreiro fez parte do Botafogo que encantou o país, em 2007. Apesar da qualidade e ofensividade, o Clube não conquistou nenhum título naquela temporada. Para o ex-volante e hoje treinador da base do Cruzeiro, a confiança foi preponderante para o jejum em 2007.
— Só faltou ser campeão, levantar uma taça. Infelizmente a gente não conseguiu. Por quê? Não sei dizer, porque a gente jogava bonito. A gente tinha confiança do torcedor, da direção, em campo. O time encaixou, mas faltou um título. Nós vínhamos muito bem no Brasileiro, liderando. Houve um tropeço ali contra o São Paulo no Maracanã. Esse jogo foi fundamental para afetar nossa confiança. Faltou um pouquinho mais de confiança.
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Cuca
— O Cuca cobrava muito nos treinos. Ele é um parceiro. É aquele cara que cobra nas atividades, mas acabou o treino ele dá risada com a gente. Me espelho muito nele também. Aprendi muito com ele. Se eu conseguir os títulos que ele conseguiu, passar conhecimento aos jogadores agora como técnico, fico muito feliz. Ele é um exeplo para mim.
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Cuca motivador
— Teve um episódio marcante contra o Sport, na Ilha. Quando a gente entrou no vestiário, a gente viu um coração pingando sangue, pendurado numa corda no teto. Pensamos: “o Cuca deve estar doido”. Só que aquilo ali mexe com o brio da gente. O Cuca sempre foi um cara incentivador. Ele transferia isso como treinador também. A imagem daquela equipe de 2007 jogando com certeza é a imagem do Cuca. Um cara brioso, lutador.
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Dodô
— Esse cara resolvia. Matador nato. Sabia fazer gols. Sem falar o caráter, é um cara que só agrega.
Jobson
— Sempre falo que é um cara de um coração muito grande. Às vezes é até isso que leva ele para o outro lado. Ele é um cara que não sabe dizer não. Se alguém parece do lado dele e fala algo, ele vai. Dentro de campo ele era diferenciado. O Jobson nos livrou do rebaixamento, pela habilidade, velocidade. As companhias dele que faziam mal. O Botafogo deu várias chances para ele. Estou sempre de portas abertas para receber esse amigo que a gente fez na bola.
Botafogo hoje
— Fico torcendo sempre para dar tudo certo para o Botafogo. Tenho carinho muito grande pelo Clube. As dificuldades envolvem muito o financeiro. Infelizmente, hoje quem não tem investimento não consegue. O Flamengo é exemplo para todos. Investiu e colheu. Futebol infelizmente tem que ter dinheiro, senão não tem como bater de frente. O Botafogo está se organizando, espero que possa se organizar cada vez mais e conquistar o Brasileiro mais uma vez.
Melhor jogador da época do Botafogo
— Lúcio Flávio.
Melhor treinador
— Sou suspeito porque foi o Cuca que me levou para o Botafogo, Cruzeiro. Ele organiza sua equipe, faz jogar, passa confiança.
Gol mais bonito
— Contra o Vasco, no Maracanã, um rebote do Dodô. Esse jogo foi 4 a 0.
Ganhar do Flamengo é diferente?
— Sempre foi bom. Até porque perdemos três anos consecutivos, então ganhar do Flamengo sempre foi mais gostoso.

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Foto: Celso Pupo / Fotoarena
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