Sai diretoria, entra diretoria, e sempre escutamos a mesma coisa: “vão chegar um 10 e um 9 para reforçar o elenco do Botafogo”. Mas sempre chegam peças que produzem muito abaixo do esperado e que raramente decidem jogos. Como foram os casos de Salgueiro e Canales em 2016, Valencia e Brenner em 2017, Renatinho e Aguirre em 2018, Cícero e Diego Souza em 2019, e Honda e Kalou em 2020, por exemplo.
Em 2021 com a nova gestão de Durcesio Mello, Vinicius Assumpção, Eduardo Freeland e o CEO Jorge Braga, tivemos promessa de mudanças e de profissionalismo. Mas será que realmente mudou tanta coisa assim? Desde a saída de Pedro Raul para o Kashiwa Reysol, do Japão, o Botafogo teve mais de 3 meses para procurar um fazedor de gols. E acabou escolhendo a mesma opção especulada no clube há mais de 3 anos.
E aqui não digo que o Rafael Moura não dará certo. Até porque torço muito para que dê. Além disso, em boa forma física jogando uma Série B do Campeonato Brasileiro, pode sim deixar os seus gols e ajudar a equipe a conseguir o tão almejado acesso. Mas continua sendo uma aposta devido a sua idade e forma física atual.
Precisamos de certezas, pois somente elas podem nos garantir o acesso à Série A. Será que mesmo com um orçamento limitado é tão difícil assim achar um 9 e um 10 certeiros no mercado em 3 meses de estudo e pesquisa?
Bom, agora infelizmente já foi, o tempo passou, e o centroavante chegou. Como sempre, mais uma aposta, nunca uma certeza.
Já o camisa 10, nem aposta podemos considerar, já que não temos. Chay, apesar de ter sido uma boa contratação na minha avaliação, não é esse nome, já que joga mais pelas beiradas do meio de campo. Ainda dá tempo de buscar um meia armador, mas a diretoria e a comissão técnica, por incrível que pareça, parecem estar satisfeitas sem ele.
Que a nova parceria com a empresa de análise de mercado “Footure” possa mudar de vez a política de contratações no Botafogo para que no futuro possamos ver grandes referências técnicas vestindo a camisa do nosso Glorioso.
Agora nos resta apenas torcer para que um time com um camisa 9 não muito convincente e sem um camisa 10 consiga voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
SAN.
Gustavo Santos, 18: estudante e torcedor do Botafogo do Rio de Janeiro/RJ.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Fogo na Rede.
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