Qualquer torcedor do Botafogo que assistia o jogo entre Crystal Palace e Chelsea tomou um susto. Mas mais do que isso, se encheu de orgulho ao ver que a Estrela Solitária brilhava, impávida, tanto nas placas de publicidade quanto no telão do Selhurst Park. Era uma propaganda de aplicativo. Para nós, foi bem mais que isso. Foi o sinal de que novos tempos estão por vir e o escudo mais lindo do mundo tem tudo para voltar a brilhar em todo o planeta.
O que quero discutir aqui é que desde que o Botafogo vendeu a sua SAF para o americano John Textor, tudo que envolve o clube passou a repercutir na imprensa como não acontecia há pelo menos dez anos. Só que na maioria das vezes com uma pitada de desdém e ironia. Os senhores jornalistas de ar condicionado se acostumaram a fazer do Botafogo, responsável direto por três Copas do Mundo (não, amigos o futebol não começou ontem) motivo de chacota e parecem incomodados com a possibilidade cada vez maior de voltarmos a ser um clube com poder de compra e respaldo no mercado. Só que infelizmente para eles e até que enfim para nós, os sinais são de que esse esse é um caminho sem volta.
A iminente contratação de Luís Castro é um bom exemplo. Quando o mais provável era a ida para o Corinthians, os especialistas o consideravam um nome excelente. Com altas credenciais, uma ótima sacada dos dirigentes do Parque São Jorge. Bastou o Botafogo tomar a frente nas negociações que Castro passou a ser um treinador comum. Por quem, portanto, não vale o esforço de pagar multa e gastar não sei quantos dólares.
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Ocorre que o Botafogo de Futebol e Regatas – e não o John Textor FR (assim como Corinthians não é o SC Kia Joorabchian, o Palmeiras não é a Leila Pereira, o Galo não é o Clube Atlético Menin nem o Fluminense foi o Celso Barros Football Club) – está de volta. É um processo em que precisaremos de calma, paciência e tranquilidade, embora seja injusto pedir isso de uma torcida que sofreu com más gestões por tanto tempo. Mas o Botafogo tão amado pelos seus e achincalhado por tantos, está de volta. E vai atropelar. Anotem a placa!
Pedro Pincer, 41, botafoguense, jornalista da Rádio Senado e confiante em dias melhores.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Fogo na Rede.
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