Antes visto como a maior joia da base do Botafogo, Matheus Nascimento desceu muitos degraus na escada da expectativa. Nos profissionais do Alvinegro desde 2020, o atacante hoje está atrás de Janderson, ex-Bahia de Feira de Santana, como opção para o setor.
No clube, há quem entenda que etapas foram antecipadas equivocadamente na carreira de Matheus Nascimento. O atleta, presença constante nas seleções de base, subiu aos profissionais aos 16 anos em 2020, ano da desastrosa campanha do Alvinegro no Campeonato Brasileiro, que culminou com o terceiro rebaixamento do time à Série B.
Naquele ano, Matheus Nascimento participou de 11 jogos e deu uma assistência. No ano seguinte, esteve no elenco do Sub-20, pelo qual fez 20 jogos, com sete gols e uma assistência. Também fez parte do time que disputou a Série B. Foram 15 jogos com apenas um gol marcado.
Já em 2022, Matheus ganhou mais minutos em campo. Ao todo, foram 37 jogos, sete gols e uma assistência. No ano seguinte, 19 jogos, com três gols e uma assistência.
Foi em 2023, aliás, que o atacante agora com 20 anos marcou pela última vez: na vitória sobre o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro, no dia sete de maio de 2023.
O atacante, que já despertou interesse de clubes na Europa, hoje luta para deixar a última posição da fila de ataque no elenco do Botafogo. Nesta temporada, soma apenas seis jogos e uma assistência — 161 minutos jogados. Já Janderson, concorrente direto da posição, tem 10 jogos, com um gol e uma assistência — 413 minutos jogados.
Renovação e análise
Em 2022, o Botafogo renovou com Matheus Nascimento por cinco anos. Desde então, o atacante pouco fez para justificar o investimento de John Textor. Recentemente, o então técnico Tiago Nunes atribuiu a fase do atacante ao processo mal gerido de carreira.
— O Matheus tem muita qualidade técnica, tem um potencial incrível. Mas ele é consequência de um processo mal gerido há longo prazo. Isso não é de agora de um dois anos, mas de muito antes. É um menino que sobe com 16 anos e não consegue ter continuidade de jogos, então ele fica num limbo. Ele não tem número de partidas para se desenvolver. Gerou interesse de clubes imensos de todo o mundo. Enfim, gerou expectativa imensa, mas ele ficou no meio do processo. Nem conseguiu atingir a titularidade e a sequência nem tampouco deu o salto para ser vendido. Então o Matheus está no limbo. Estamos tentando dar uma carga de formação, de maturidade para ele saber administrar. Ele era o cara da seleção, mas não era o cara do Botafogo. Então teve uma série de fatores nesse tempo que atrapalharam o processo dele. Se ele continuar desempenhando como vem fazendo nos treinamentos, ele vai ter mais minutos. Mas aí é uma briga, uma disputa entre ele, Tiquinho, Janderson. E o meu papel é conseguir ser o mais justo possível dentro das circustâncias que vão se apresentando jogo a jogo – disse.
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