
Ainda que respaldado pelo acionista majoritário do Botafogo, o técnico Luis Castro sofre pressão pelos maus resultados do time no Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva recente, o diretor de futebol do Alvinegro, André Mazzuco, revelou que todos no Clube são impactados pelo desempenho em campo.
— A pressão atinge a todos. Por mais que a gente faça um trabalho bacana, temos um compromisso muito forte no Brasileiro. Não há uma pressão natural de treinador: ‘vamos tirar o Luis que vai resolver’. Isso não acontece. O pensamento é muito mais amplo, profundo. Hoje a análise é muito mais profunda. Não é só mudar o treinador que o time muda da água para o vinho. Enquanto o Luis for um cara importante para o projeto a longo prazo, como é, é isso que vai ser. As correções têm que ser feitas. Ele tem resposabilidade dentro de campo e nós de auxiliarmos no entorno.
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Neste contexto de pressão no Botafogo, o técnico Luis Castro refletiu sobre o tema em uma rede social. Em um longo texto, o português analisou os prós e contras da tensão imposta, segundo ele, pela “sociedade moderna e por nossa consciência”.
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Leia a reflexão de Luis Castro abaixo:
A sociedade moderna e a nossa consciência expõe-nos a uma pressão constante, que certamente nos desafia a ser as melhores versões de nós próprios. Sem a capacidade de reconhecer a importância das expetativas de quem nos rodeia e aprender a lidar com o que esperam de nós, estagnamos. Estas expetativas são impostas a todos sem exceção, desde a criança que entra na escola pela primeira vez ao Administrador de uma multinacional, passando por todos os que consigo transportam a consciência da nossa existência.
A pressão tem o poder de unir e de desagregar, tem a força para levar um grupo ao êxtase ou à maior das desilusões. Enquanto indivíduos, seremos sempre mais imunes à pressão se estivermos incluídos num grupo: uma família, uma turma, uma empresa, um clube de futebol. Somos seres sociais e a nossa força reside na união, que assume particular importância nos momentos difíceis, nos momentos em que tudo parece correr mal para o coletivo em que nos incluímos.
Se as expetativas de quem nos rodeia estabelecem aquilo que nos é exigido, as expetativas que temos para connosco lançam as bases para o compromisso e o profissionalismo necessários a darmos resposta.
Aceitemos a pressão dos nossos, com a humildade que carateriza os mais fortes: a dos nossos pais, dos nossos colegas, dos nossos amigos, da nossa família, dos nossos irmãos de camisa, da nossa consciência, das nossas obrigações para com a sociedade. É essa pressão que nos vai tornar melhores, mais fortes e mais capazes, para responder aos momentos de tensão máxima.
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Faz um discurso bonito que não não quer dizer nada. Tem uma semana inteira de treinos e o time não evolui. Seu esquema de jogo simplesmente não funciona e ele nem ameaça uma mudança.