
Pouco antes de enfrentar o Corinthians, o técnico do Botafogo Luis Castro perdeu o meia Eduardo para o confronto. Com a bola rolando, perdeu o lateral-esquerdo Marçal, aos 13 minutos do primeiro tempo. Os desfalques, segundo o treinador, explicam a instabilidade do Alvinegro no Brasileiro.
— Precisamos de mais estabilidade, mas esta depende muito da linha defensiva, que tem tido muitos problemas. Agora teve o Marçal, o Carli, o Cuesta. Já teve o Saravia. Nunca fomos estáveis ao longo do campeonato. Isso é fundamental para a linha estabilizar. Mas eu acho que hoje nós fizemos um jogo aceitável, positivo. Saio com a sensação de que foi um bom jogo, muito disputado, com as duas equipes buscando o gol. Nós quisemos muito ganhar o jogo, queríamos somar pontos. A linha está em obras. Aliás, nossa equipe está sempre em obras, por isso não tem estabilidade. Porque sai e entram jogadores. E mais uma vez isso nos aconteceu. Vamos esperar que no segundo turno nos dê mais paz.
Leia também: Luis Castro vê bom início do Botafogo em derrota para o Corinthians: ‘Criamos dificuldades’
Embora otimista por natureza, Luis Castro admitiu que durante a carreira nunca havia perdido tantos atletas por lesão como ocorre no Botafogo.
— Eu sou um treinador muito positivo. Mas também confesso que as contusões têm sido demasiadas. Na minha carreira nunca tive tantos casos como os que encontrei no Botafogo. Mas continuo positivo. A dimensão psicológica não existe apenas para os jogadores. Existe também para os treinadores. E há momentos que tenho que lutar contra mim próprio. Por que tem que ser hoje o Carlos Eduardo? Podia ser ao menos 3 horas depois do jogo, ok, já aceitava. Mas antes do jogo? Para uma equipe que está em construção.. uma equipe se constrói na pré-temporada, nas três semanas. Mas estamos recebendo jogadores ao longo do processo. É extremamente difícil. Não é uma missão impossível, mas é muito difícil – reconheceu.
Quebra de dinâmicas
Por fim, Castro explicou na prática o quanto perde com um desfalque no time titular.
— A equipe esteve bem com uma grande dinâmica do meio campo com Eduardo, Lucas Fernandes e Tchê Tchê no último jogo [vitória sobre o Athletico]. Queríamos continuar com o mesmo time. Não é que o Patrick de Paula não seja um grande jogador. É. Mas há dinâmicas que se instalam nas equipes. São pequenas sociedades que quando se desmontam a equipe se desmonta um pouco – finalizou.
O Botafogo volta a campo contra o Ceará, sábado, 06, às 16h30 (de Brasília) pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Siga-nos no Twitter | Siga-nos no Instagram | Siga-nos no Facebook
Be the first to comment