Membro do comitê executivo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro reforçou a posição contrária do Clube em relação ao retorno das atividades presenciais durante a pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à CNN Brasil nesta terça, 5, o mandatário acredita que o futebol será uma das últimas atividades a retornar à normalidade.
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— O futebol é das multidões. Infelizmente, acho que vai ser uma das últimas atividades a voltar. Eu entendo. O Botafogo sofre na parte econômica. Maio todos estão dizendo que maio vai ser mais difícil. Alguns jogadores vão para o enterro de um roupeiro, outros vão treinar? Vamos fazer as coisas com calma. Treinando em casa, nada de ter contato. A palavra de ordem no Brasil é distanciamento. E não existe futebol com distanciamento. Não estou otimista com a volta dos treinos em maio. Talvez no início de junho a gente possa pensar nisso.
Nesta segunda, 4, morreu o massagista Jorginho, do Flamengo, vítima do coronavírus. O profissional estava há 40 anos no clube.
Retorno das atividades na Alemanha
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Montenegro lembrou que times da Alemanha retornaram às atividades. A atitude, no entanto, causou prejuízos imediatos.
— Nós tivemos o início da volta dos treinos na Alemanha. Com isso, 10 jogadores já se contaminaram. Hoje eu li que a FIFA e Conmebol estão estudando o que fazer em relação a setembro, se vão adiar o início das elimintários da Copa do Mundo em setembro. O nosso ministro da Saúde disse que o mês de maio poderemos chegar a mil mortes por dia. Nós estamos atrasados em relação a Ásia e Europa cerca de 30 dias. Estamos sofrendo o pico da pandemia agora. A vida humana está acima de qualquer coisa. O futebol não é serviço essencial, é uma diversão, um prazer.
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