
Formado no Botafogo, o goleiro Renan, deixou o Botafogo em 2015 após oito temporadas no Alvinegro. Desde então, já defendeu o Avaí (2016) e Ludogorets Razgrad, da Bulgária, onde está há quatro anos. Nem por isso o goleiro esquece o carinho do clube que o projetou, em 2008.
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Em entrevista ao “Canal do TF”, parceiro do Fogo Na Rede, Renan admitiu o desejo de encerrar a carreira no Botafogo.
— Tenho essa vontade. Foi onde começou desde 2006, lá em Marechal Hermes. Por que não? Se o Clube vir com bons olhos, estarei aqui com imenso prazer de retornar e fechar esse livro bem com chave de ouro – disse o goleiro, hoje com 30 anos.
Durante a passagem pelo Botafogo, Renan teve a concorrência de ninguém menos que Jefferson, que voltou ao Clube em 2009.
— Lembro que quando ele chegou, eu estava no departamento médico. E o preparador chegou para mim: “rapaz, o cara é bom, hein? É um avião. Tem que ver ele treinando, a explosão dele, a força que ele tem”. Aí passaram alguns meses, passei a treinar com ele e admiti: “O cara é um avião mesmo!” – lembra.

Pelo Alvinegro, Renan disputou 112 jogos, segundo o site “O Gol”.
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Veja os principais trechos da entrevista:
Autuori
— Ele tinha proposta para vir para o Ludogorets e me ligou. Eu falei: ‘vem agora’. Fiquei impressionado com a maneira que ele trata as pessoas, da moça da limpeza até o diretor. É muito correto, sincero, humilde, honesto. Na nossa pré-temporada ele mostrou por que é campeão. Trabalhos bons, com lógica. Eu mesmo falei pra ele que éramos um time muito ofensivo, que gosta de sair com a bola de trás, só que nosso sistema defensivo é desorganizado. Ele considerou a opinião e deu atenção à defesa. Ele organizou nosso sistema defensivo. Ele saiu daqui muito respeitado, deixou o time na liderança.

Vagner Mancini
— Não foi legal para mim. Tive que entender e aceitar da melhor forma possível. Eu falei até pra ele: ‘te respeito, mas eu estou vendo com a diretoria em relação ao meu futuro porque eu preciso seguir a minha carreira’. Acabou que as coisas não aconteceram, tinham duas equipes, senão me engano Paraná e Náutico, e não aconteceu. Isso era meio do ano. E depois de eu ter dito aquilo para ele, acabou que não contou mais comigo. Fiquei seis meses só treinando. Foi bem difícil, mas serviu como aprendizado.
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Dispensas em 2014
— Foi um baque. Todo mundo vendo as coisas erradas acontecendo e sobrou para eles. O Jefferson conseguiu se manter. Foi bem complicado. O time sentiu. Não sei se era o momento para fazer aquilo.
Pênalti contra o Fluminense
— Eu estava muito concentrado. Peguei duas cobranças, pensei que ia dar bom. Depois os caras começaram a acertar tudo. Eu já tinha perdido a contagem. Só pensava: ‘o próximo eu vou pegar’, e não aconteceu. Aí o último bateu, olhei para o meio-campo e não vinha ninguém. Pensei ‘quem vai vir agora?’. Foi quando me toquei que tinha acabado e o Cavalieri seria o próximo. Ele pegou, bateu e jogou lá na linha do trem. Já deu uma certa tranquilidade. Eu só lembro que pensei: ‘ele já perdeu mesmo. Vou pôr a bola aqui calmamente. Estou sem pressa.’ Já tinha na minha cabeça que ia bater cruzado.

Manoel Renha
— Respeitado por todos. Desde quando assinei o meu primeiro contrato, que foi com ele. Tinha cláusulas, por exemplo: teu salário vai aumentar um pouco se você tiver 10 jogos relacionados. Ele falou pra mim: ‘vou ser sincero para você. Como goleiro, pode ser que seja difícil isso acontecer’. Acabou que o Castillo machucava direto ou era convocado, e aconteceu. E aí a partir daí a gente vai respeitando. As atitudes condizem com que ele fala.
Foto: Lars Baron/Bongarts/Getty Images
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