No México, Juninho revela torcida pela Botafogo S/A

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Juninho Botafogo S/A
Foto: JUAN MABROMATA/AFP via Getty Images

Jogador do Botafogo por quatro temporadas (2005 – 2007 e 2009), Juninho anunciou a aposentadoria dos campos em 2018. À época, o zagueiro defendia o Tigres, do México, clube que defendeu por nove temporadas e pelo qual é ídolo. Onze anos após a passagem pelo Alvinegro, Juninho, hoje auxiliar do clube mexicano, lembra da passagem pelo Glorioso a ponto de torcer pelo sucesso do projeto de Botafogo S/A.

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— Aqui no México os clubes têm dono. O principal diferencial do modelo empresarial é que o maior responsabilizado de um clube-empresa é o dono. Por exemplo, termina o torneio aqui, se o clube não estiver em dia com os funcionários e jogadores, é impedido de atuar na temporada seguinte. Espero que o Botafogo consiga implementar o modelo. Estou torcendo para isso – disse em live ao “Canal do TF”.

Salários atrasados

— No México, em 10 anos, meu salário nunca atrasou.

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Chegada ao Botafogo

— Cheguei ao Botafogo depois de deixar o Coritiba. Não tinha empresário, então eu mesmo negociei com o Clube. Ganhava R$ 10 mil no Coritiba. Para acertar com o Botafogo, pedi R$ 12 mil. Em 2006, o meu contrato passou para R$ 15 mil. Em 2007, passou para R$ 22 mil. Terminei a minha passagem ganhando R$ 40 mil. Então, muita gente fala sem saber. Meu salário nunca foi estratosférico. No final de 2008, surgiu a oportunidade de voltar ao Botafogo. O São Paulo disse que era decisão minha. Para voltar, eu diminuí meu salário 40%. Voltei em 2009 ganhando R$ 70 mil. Naquela temporada, havia uma pressão muito grande. Havia cartazes de “Juninho amarelão”. No final da temporada, optei por sair para não perder o carinho pelos torcedores e queria ajudar o Clube financeiramente. Acho que tomei a decisão certa, porque até hoje a torcida lembra de mim por carinho.

Saída para o São Paulo

— Eu queria ter renovado com o Botafogo por mais um ano. O meu salário ia dobrar, para R$ 80 mil, já estava tudo acertado com o Montenegro. Mas as semanas passavam e ninguém me procurava. Foram adiando. Então surgiu o interesse do São Paulo, interessado em me comprar, contrato de três anos. Apresentei ao Botafogo, eles não tiveram como cobrir. Não foi nada de mercenário. Infelizmente, o Clube não assinou a renovação.

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Honda

— Joguei contra ele no México, ele estava no Pachuca. É um cara que tem muita qualidade. Bate bem com as duas pernas. Muita qualidade técnica. O Botafogo vai ganhar muito com ele. Acredito que ele vá ser mais ou menos o que foi o Seedorf para o Clube em termos de ensinar muita coisa.

Obi Mikel x Yaya Touré

— Eles agregariam muito, mas precisa fazer uma análise da última temporada deles. Tem que ver o custo-benefício para ver o que, de fato, vai render para o Clube dentro de campo. Eu tenho visto uma comoção da torcida do Botafogo em torno do Yaya Touré. Isso é importante, porque esses caras não consideram tanto mais o lado financeiro. É preciso ver, portanto, qual a posição que o Clube está precisando. Por gosto, eu prefiro o Yaya Touré.

Dodô

— Em termos de qualidade e inteligência, foi o melhor jogador com o qual atuei. Incrível. Frieza dentro de área. Ele fazia raiva nos goleiros porque ele não batia forte nos treinos.

Top 5 do Botafogo

Jefferson, Dodô, Zé Roberto, Diguinho, Jorge Henrique.

River Plate x Botafogo

— No estádio do River, joguei duas vezes e perdi as duas. Uma foi essa derrota em 2007. Lembro que ganhamos de 1 a 0 no Nilton Santos com um golaço do Joílson. Lá na Argentina, o que perdemos de gol, foi uma coisa incrível. Depois perdi uma final da Libertadores para eles lá, com o Tigres. A sensação do jogo de 2007 foi horrível. Vestiário, um velório total. Depois o Cuca sai do time, chega o Mário Sérgio. Fomos para pré-temporada em Itu/SP. Após três dias, cadê o treinador? Até que nos falaram que o Mário tinha ido embora, ninguém sabia nada. Então, volta o Cuca. A primeira coisa que ele faz é um churrasco para nós. Foi a melhor decisão da diretoria e dele, porque ele conhecia o grupo. Nós aceitamos numa boa.

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Veja a entrevista na íntegra:

Foto: JUAN MABROMATA/AFP via Getty Images

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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