Em coletiva de imprensa após a derrota do Botafogo para o Capital-DF por 1 a 0, o técnico Renato Paiva explicou a decisão de entrar com reservas na partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil.
— Obviamente que descansar os jogadores era muito importante para nós. Era uma decisão que tínhamos que fazer porque há jogadores sobrecarregados com a quantidade de jogos que estão tendo. Não gosto de fazer o que fiz hoje, uma revolução quase completa. Gosto de mudar com critério e manter uma base. Só que a vantagem de quatro gols e esta sobrecarga que alguns têm, não jogarmos no fim de semana e termos a La U no fim de semana nos levou à decisão de mudar a equipe praticamente toda. Mantendo Telles porque Marçal sentiu algo no treino de anteontem e decidimos que ele não estava apto para o jogo e por isso dividimos Telles e Vitinho – disse o treinador.

– O jogo é um jogo normal para uma equipe toda mudada e para um grupo que está sem ritmo de jogo, sem ritmo competitivo, sem confiança de competir e que ao longo do jogo a forma física vai baixando também. É o que é. Se calhar as pessoas vão compreender algumas decisões minhas em jogos anteriores. Não é que jogadores estão bem ou mal, mas não estão em forma. Então têm que jogar os que estão em forma. Ao invés de me chamarem de covarde, como no último jogo contra o Flamengo, se calhar hoje já entenderam porque tomei algumas decisões. Porque o que está acima de tudo é o Botafogo e o bem do Botafogo, e conseguir resultados – afirmou Paiva.
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Rodagem do elenco
— O positivo, como não temos muito tempo para treinar, foi que estes jogadores, que não têm ritmo de jogo, ganharem ritmo em uma competição – disse: – O positivo foi que muitos deles fizeram 90 minutos, outros 80 (minutos), criamos números de oportunidade suficientes para ganhar o jogo, em que o adversário fez um gol que, se bobear, vai para o Puskás – comentou, referindo-se ao prêmio da Fifa para o gol mais bonito do ano.
Retorno de lesionados
— Ainda é cedo para dizer. Há jogadores que poderão regressar, não sei bem quais. Vai haver jogadores que vão regressar. Estaremos um pouco mais completos para esse jogo com a La U.
Atuação de Santí Rodríguez
— Santi é um jogador que vem de lesão. Estava em um período de adaptação porque vem de um campeonato muito diferente. Depois vem a lesão, que atrasa tudo. Entrou alguns minutos contra o Flamengo e este é o primeiro grande período que tem para jogar e para ganhar outra vez confiança para ganhar tudo isso que perdeu quando esteve lesionado.
— Trabalhou, fez o que pedi, só que com passar do tempo vai perdendo frescor físico e mental para tomar boas decisões. Mas é um jogo em que deu alguns bons indicadores. É um jogador com quem obviamente nós contamos. Vem crescendo, mas essa lesão interrompeu um pouco a evolução dele.
Apoio da torcida
— Deveria ter começado (a entrevista coletiva) pelo torcedor do Botafogo que esteve aqui no estádio hoje, muita gente presente, como já imaginávamos. Estou imensamente triste por não dar a vitória e uma exibição melhor. De fato, eles “pagaram a conta” por nós termos este jogo tão decisivo na terça-feira (contra a La U pela Libertadores), termos ganho de 4 a 0 no jogo de ida e termos essa possibilidade de descansar alguns jogadores que eles desejavam ver. Essa é a desculpa, mas eu sempre digo: primeiro deve estar sempre o escudo, o clube, nós temos que planejar em função disso. E, por tanto, agradecer o apoio incessante durante os 90 minutos.
— A mensagem é simples, eles sabem tanto quanto nós a importância desse jogo. É uma torcida que não falha, que acompanha muito. Já no jogo contra o Estudiantes fez um espetáculo fantástico. Para além do espetáculo, antes do jogo, o mais importante foi durante a partida a sua participação jogando com os jogadores durante os 90 minutos.
Expectativa contra a La U
— Aquilo que espero na próxima terça-feira é lotar o Nilton Santos de energia, de positividade, de apoio, para que nós possamos somar os três pontos e conseguirmos a tão importante classificação para as oitavas da Libertadores, é o pedido que faço.
— É difícil pedir ao torcedor quando se perde, mas perdemos. No entanto, passamos. Estamos na fase seguinte da Copa do Brasil, que é o mais importante, relevar o trabalho feito no primeiro jogo, essa seriedade é muito importante. Agora, que eles nos ajudem muitíssimo na próxima terça-feira e sejam o 12º jogador no Nilton Santos. Deveria ter começado (a entrevista coletiva) pelo torcedor do Botafogo que esteve aqui no estádio hoje, muita gente presente, como já imaginávamos. Estou imensamente triste por não dar a vitória e uma exibição melhor. De fato, eles “pagaram a conta” por nós termos este jogo tão decisivo na terça-feira (contra a La U pela Libertadores), termos ganho de 4 a 0 no jogo de ida e termos essa possibilidade de descansar alguns jogadores que eles desejavam ver. Essa é a desculpa, mas eu sempre digo: primeiro deve estar sempre o escudo, o clube, nós temos que planejar em função disso. E, por tanto, agradecer o apoio incessante durante os 90 minutos.
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