Psicólogo do Botafogo revela como tem sido trabalho durante pandemia

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Paulo Ribeiro Botafogo
Foto: Vítor Silva / Botafogo

Contrário ao retorno às atividades presenciais em meio à pandemia do novo coronavírus, o Botafogo segue trabalhando à distância. Desde o início do mês, os tletas treinam diariamente em casa sob orientação dos profissionais do Clube. Diante deste novo cenário, Paulo Ribeiro, psicólogo do Botafogo, revelou como as áreas do Clube têm trabalhado neste período.

— Precisamos nos adaptar a uma nova realidade. Nosso fisiologista Manoel Coutinho criou um formulário para os atletas responderem de maneira rápida. Nesse questionário eu tenho três tópicos sobre como o atleta está se sentindo naquele momento, no pré-treino, no pós-treino. Conseguimos reunir, num único formulário, todas as informações do atleta. Nós temos treinado todo dia às 10h da manhã. Todos os dias, após a atividade, eles respondem o formulário. Se eles respondem uma nota 4, ou 5 no nível de estresse, por exemplo, já entro em contato com o jogador. Deixo os parabéns para o Manoel Coutinho pelo questionário maravilhoso – disse em entrevista ao “Canal do Braune

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Psicologia no futebol

— O que mais me incomodava, é quando as pessoas diziam: ‘o atleta tem um problema. Vai conversar com o psicólogo’. É essa ideia que tinham há 30 anos, como se fôssemos disciplinadores. Hoje, o que mais me incomoda é quando alguém me esconde uma informação. Eu vivo de informação.

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Como avaliar o trabalho do psicólogo?

— Esse trabalho só ganha corpo com o tempo. É preciso uma confiança com os atletas. Hoje tenho um nível de relacionamento muito bom com os principais jogadores e muitas vezes eles facilitam a minha comunicação. Já é difícil para o jogador de futebol masculino falar sobre emoção. Os jogaores reproduzem esse imaginário, mas já melhorou bastante.

Trabalho com técnico

— Da mesma forma que trabalho com os jogadores, faço com jogador. Quando ele permite, claro. Eu vou todos os dias na sala do treinador para saber como foi o dia dele, estou sempre à disposição. Faço o treinador ver determinadas situações, escolhas. Hoje, o Paulo Autuori me dá toda liberdade. Mando mensagem para ele.

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Ambiente de salários atrasados

— É óbvio que trabalhar numa situação de salários atrasados constantemente vai minando o trabalho. Mas essa não é uma prerrogativa só do Botafogo. Então precisamos trabalhar com o melhor que temos. Eu não acredito que, deliberadamente, um atleta queira deixar de fazer algo para prejudicar um clube. Porque a partir desse momento ele também está se prejudicando.

“Tem coisas que só acontecem ao Botafogo”

— Na pesquisa que fiz sobre o Clube, observei que essa frase era muito marcante. Eu não gosto porque ela me remete ao negativo. Eu preciso fazer com que o meu atleta não fique preso nessa frase. Fui até um pouco criticado quando falei sobre isso. Mas essa frase não cabe a um clube como Botafogo. Eu preciso ter um comportamento mais positivo.

Foto: Vítor Silva / Botafogo

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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