Raphael Rezende explica saída do Sportv para o Botafogo: ‘Para mim, o que permeia tudo é o futebol’

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Raphael Rezende Botafogo
Foto: Reprodução / Twitter

Anunciado como novo head scout do Botafogo, o agora ex-comentarista Raphael Rezende explicou, no sportv, a opção pela mudança de áreas. Segundo o profissional, ao longo da sua carreira, o futebol sempre foi a finalidade da carreira.

— O que permeia tudo, para mim, é o futebol. Mesmo dentro do jornalismo, já era o fim no que era essa minha trajetória. Tanto que nos quase 16 anos de casa, foi quase o tempo todo aí dentro (sportv), né? Então a ideia era estar sempre em contato com o esporte, mais propriamente dito no futebol. Essa, portanto, é a realidade que permanece, num novo desafio, numa nova função.

Licença B

Formado pela Escola de Comunicação da UFRJ, Raphael também é graduado em Gestão do Futebol, na Universidade do Futebol. Além disso, possui a licença B da CBF, que o permite treinar times no Brasil.

Desde fevereiro de 2006 no canal por assinatura Sportv, Raphael já vinha fazendo, informalmente, na última temporada, durante a Série B, o que virá a fazer agora como funcionário do Botafogo. Isto é: mapeamento de mercado para contratação das melhores peças, que se encaixem mais facilmente no time, segundo as características de cada jogador.

Rezende indicou ao clube, por exemplo, as contratações dos volantes Luis Oyama e Barreto e do atacante Diego Gonçalves. O trio se destacou na vitoriosa campanha do Alvinegro na Série B.

Embora pouco comum no futebol brasileiro, o cargo de Head Scout está presente na cultura de outros esportes, como é o caso do baseball, retratado no filme “Moneyball”.

‘Me vejo atuando em clube’

Em entrevista recente ao jornalista Bernardo Gentile, do UOL, Rezende afirmou que acreditava na possibilidade de, futuramente, aventurar-se ocupando algum cargo em clube.

Apesar do desejo de pôr em prática o que aprendeu o encorajar, Raphael disse não desconsiderar a seriedade da decisão. Afinal, sua função no SporTV lhe garantia uma estabilidade que dificilmente é encontrada como dirigente no futebol brasileiro.

— Eu sei que o mercado é, de fato, até muito mais complexo do que o do jornalismo. Mas eu me vejo, por exemplo, ali na frente, pensando em uma oportunidade de aplicar o que eu acredito dentro de um clube. Pode ser em um clube buscando recuperação. Ou vindo de baixo para cima. Um projeto novo como é de clube-empresa no Brasil e que tem boas referências ou um gigante sofrendo. Enfim, as formas são diversas. Estou aberto a uma possibilidade de conversar sobre isso, de evoluir, de ter uma oportunidade de aplicar essas coisas que eu acredito. Ser um agente transformador onde quer que eu esteja e não necessariamente no jornalismo.

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