Técnico do Botafogo, Renato Paiva destacou a ‘fase muito estranha’ pela qual o time passa nesta temporada. Em coletiva de imprensa após a derrota por 1 a 0 para o Estudiantes em um frango de John, o português tentou justificar o momento do Glorioso em 2025.
— Tivemos aos dois minutos uma oportunidade flagrante. O Artur cabeceia sozinho na área, a bola vai por cima. Na segunda parte, Artur tem uma segunda bola no segundo poste e não faz. Na terceira, a bola do Savarino bate no travessão, no chão e sai. De fato, a questão passa um pouco por isso. Em alguns jogos criamos mais, em outros menos. Hoje era um jogo em um campo muito difícil, um adversário que já tinha perdido em casa e jogava praticamente uma final. Jogamos o jogo de forma estratégica, até começou bem para nós, tivemos oportunidades a nosso favor e a bola não entrou. A partir daí, obviamente, o Estudiantes jogando em casa foi tendo mais bola. Nós, em um bloco médio que muitas vezes foi para baixo. Não lembro de John ter feito grandes defesas no primeiro tempo. Alguns escanteios, mas nada de perigoso. Depois, em um lance infeliz, sofremos o gol – disse Paiva.

— Quem acompanha nossos jogos percebe a fase que estamos atravessando. Quando criamos, não fazemos. E depois, em erros básicos, acabamos perdendo jogos. Esse é o terceiro jogo que perdemos por 1 a 0 com gols que são erros claros, e obviamente têm que se corrigir. No funcionamento coletivo da equipe, hoje, não gostei dos momentos defensivos, afundamos demais o bloco quando não era essa a intenção, não conseguimos sair para a pressão, que era o que queríamos. Nas oportunidades de transição, não conseguimos sair com efetividade. Na bola mais flagrante, bateu no travessão, no chão e não entrou. Sou treinador, sou responsável, mas de fato é uma fase muito estranha o que está acontecendo. Nossas oportunidades que são claras não entram, e as dos adversários que às vezes nem claras são acabam entrando e nos penalizando bastante – lamentou.
Mais resposta de Renato Paiva
Times 2024 x 2025
— Essa equipe (campeã da Libertadores) já não existe, mudaram muitos jogadores. Então isso é passado, estão sempre fazendo comparações quando os jogadores já não estão, nem sequer o treinador. As coisas mudam, e nas mudanças sempre há momentos de adequação. E estamos nesse momento. Juntar os jogadores novos que chegaram e tentar fazer que o time jogue dentro das características deles. Inclusive, saíram não só titulares, mas também suplentes.
— Hoje não gostei a parte do meu bloco, que evitava que Estudiantes jogasse para determinadas zonas que estavam definidas. Meu bloco não conseguiu levar a bola para lá e então fazer a pressão. Por isso afundamos demais para meu gosto. O bloco começa no meio de campo e depois, com a circulação do Estudiantes, foi afundando, afundando, e não era isso que queríamos e gerou a nós corrermos atrás da bola. E muitos cruzamentos de parte do Estudiantes. No primeiro tempo eles não tiveram nenhuma oportunidade clara de gol, a não ser escanteios e cruzamentos. Tudo que fizemos deu resultado, mas depois as coisas vão de detalhes. Hoje, aos dois minutos, poderíamos começar ganhando este jogo em uma oportunidade claríssima, e não fizemos. Isso está acontecendo em outras partidas também. Então, para mim isso dos detalhes é entrosar um novo grupo de jogadores aos que já estavam, a um novo treinador que não mudou tanto assim as ideias, mas que mudou algumas coisas.
— Não sei se posso chamar de eficácia, o gol que sofremos foi uma infelicidade do meu jogador que tem sido extraordinário em outros jogos e decisivo em muitos, inclusive no time do ano passado. Isso afeta a eles, é seguir adiante, o grupo o respalda, e eu também porque é um grande goleiro e um grande profissional. No segundo tempo reagimos, não criamos tanto, mas conseguimos algumas chances. No início da etapa final, outra vez no segundo pau, era só colocar a bola para dentro, e não entrou. Depois a mais clara de todas, em uma transição que vai no travessão e na linha. São detalhes. A equipe não jogou muito bem, não é fácil jogar aqui, o time do Estudiantes é muito bom, muito bem treinador, seu campo é pesado, é difícil. Mas mesmo assim tentamos controlar, muitas vezes da forma que não queríamos, mais baixo, mas a verdade é que, inclusive quando arriscamos, houve um chute ou dois no nosso gol, mas nunca nos desequilibramos. Como te digo, estamos nos detalhes, e os detalhes estão para os outros e não estão para nós.
Siga nossas redes: X, Instagram, Facebook, YouTube e TikTok
Comentários