Novo dono do Botafogo, o empresário norte-americano John Textor revelou, em entrevista ao canal oficial do Clube, que esteve perto de adquirir outro time brasileiro. O magnata, no entanto, foi convencido por Thairo Arruda e Danilo Caixeiro – jovens com os quais trabalha -, a observar o Botafogo.
– Se as pessoas prestarem atenção, eu estava procurando clubes menores. Ninguém acorda e pensa: “Vou comprar o Botafogo!”. Número 1: nenhuma pessoa deve sentir que comprou um clube como esses, porque eles pertencem às pessoas, à torcida. A oportunidade de ser dono de um clube é na verdade a oportunidade de ser um “cuidador”. O clube existe desde muito antes de eu estar vivo e vai continuar existindo por muito tempo. Serei honesto, estava olhando clubes da Primeira Divisão que já estavam lá, que já tinham alguma estabilidade, mas estava olhando para mercados menores. É uma coisa enorme acordar e dizer: “Vou comprar o Newcastle, ou o Botafogo, ou o Benfica.” São grandes clubes e lendários. Eles podem ter caído um pouco do nível de excelência e isso é uma situação difícil, porque os clubes tem uma memória, nostalgia, querem ver os times naquele nível novamente. Para aceitar um desafio desses, você precisa estar pronto – iniciou Textor.
Textor revelou que a opção pelo Botafogo se deu após conversa com dois brasileiros com os quais trabalha.
– Como aconteceu? Estava perto de me decidir por outro clube, e esses dois jovens que trabalham comigo não paravam de mencionar o Botafogo. Eles diziam: “John, deixe a gente te mostrar porque ‘maior é melhor’. Deixe te mostrar porque esse desafio será mais gratificante, como tem muito mais a ver com quem você é.” Acho que essa oportunidade tem mesmo tudo a ver com quem sou, como pessoa. E aí começou a parecer a ser possível. Não posso dizer aos torcedores que vivo e respiro preto e branco, ou que a Estrela Solitária é meu travesseiro em casa, porque o Botafogo é daqueles clubes que você não imagina poder estar envolvido, sabe? Estou honrado que tudo deu certo, e que o sonho de um clube tão grande agora é possível para mim, acho que é provavelmente o certo para mim, que estou à altura dessa desafio. Você só pode mudar o mundo quando atingir muitas pessoas. Com o Botafogo, posso tocar muitas e muitas pessoas – disse.
– Vejo a mudança como uma oportunidade. O que está acontecendo no Brasil pode estar envolvido com o início nessa decisão, com todas as lições que aprendemos aqui e ao redor do mundo. Vai nos ajudar talvez a fazer melhor dessa vez. Estive aqui para conhecer o mercado, dei uma olhada em clubes por um tempo, dois jovens incríveis me ajudaram a entender sobre essas decisões, essas decisões muito sábias que o governo tem tomado de aprovar essas leis, perdoar as dívidas passadas e colaborar para que essas SAs fossem bem sucedidas. É incrível saber que o talento no Brasil é o melhor do mundo, junto com a França, com a África… Ver o governo e os clubes tomando essas decisões e tornando-os negócios viáveis e ter sido convidado para ser parte disso, é uma página em branco. É irresistível. Disse à minha família: “Precisamos fazer isso!”. Precisamos estar lá para esse início, é uma oportunidade especial – afirmou o investidor.
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