Em coletiva de imprensa após o empate sem gols entre Botafogo e Cruzeiro, o técnico Tiago Nunes lamentou mais uma rodada sem vitórias no Campeonato Brasileiro. O Alvinegro, que já foi favorito ao título, termina a 37ª rodada na 5ª posição e corre o risco de perder a vaga direta para Libertadores da América.
— A gente sabe que é duro falar isso para o nosso torcedor porque cheguei com a expectativa de reverter uma situação anímica, técnica, tática. A gente não conseguiu brindar o torcedor com uma vitória. Não conseguimos vencer para brigar pelo título. Não é momento de dar explicação, mas sim assumir responsabilidade. Até porque a gente normalizou a ideia de culpados. E eu penso mais em responsáveis. Eu sou responsável técnico. E a responsabilidade se divide com jogadores, staff, todos do clube. Como toda família, precisamos fazer essa divisão. As cobranças têm de ser feitas de maneira interna. Senão você perde o respeito. Precisamos dar uma resposta para o último jogo e até para o próximo ano.
Mais declarações:
Clima de oba-oba
— Posso falar do Botafogo desde a minha chegada. Desde então, não houve oba-oba. Até porque eu não iria permitir. O Diego Costa tem nos ajudado bastante. Eu acho que nos faltou experiência para gerenciar o momento bom. Hoje a gente cumpriu o décimo jogo sem vencer em sequência. Mas isso não foi algo exclusivo do Botafogo. O Atlético-MG passou por isso e reverteu.
Avaliação
— Muito dificil fazer avaliação sobre início da temporada. Tenho muito cuidado para gerenciar essa análise porque não estava aqui. Nunca vivi uma situação como estou vivendo no Botafogo. O futebol é multifatorial. Portanto cada um de nós aqui tem uma teoria sobre o que aconteceu. Eu prefiro guardar a reserva de poder debater isso internamente. Porque tem coisas que, sim, podemos externar em respeito ao torcedor. Mas tem situações que precisamos resguardar para proteger a instituição.
Impacto do momento a longo prazo
— Qualquer tipo de derrota impacta. Agora nós precisamos entender o que vamos fazer com esse impacto. Podemos abaixar a cabeça. Ou podemos evoluir. Pessoalmente, eu continuo com a mentalidade muito forte, para o próximo jogo contra o Internacional e para a próxima temporada. Eu vim para médio e longo prazo. Estou voltado para isso. Para fortalecer o projeto do Clube, de dar amparo técnico, de formação para esse grupo e para os jogadores que vão vir. Para que a gente possa ter o Botafogo brigando em cima não só em 2023, mas em 2024 e para frente.
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