Em coletiva de imprensa após a goleada do Vasco sobre o Botafogo por 4 a 2, no Estádio Nilton Santos, pelo Carioca, o técnico Tiago Nunes analisou a partida. Para o técnico, o Alvinegro de fato não mereceu vencer o clássico.
— A partir do empate do Vasco a gente sente. A gente sucumbe. No vestiário sentimos que os jogadores tinham acusado aquele momento porque tinham uma expectativa muito alta. Eu vejo que o primeiro, o segundo e o terceiro gols do Vasco foram gols que a gente entregou. Erros coletivos e de posicionamento básicos muitas vezes sofremos gols evitáveis. O quarto acabou sendo consequência desse momento que a gente vivia. Mas o que me preocupa é essa questão da reação, da equipe sentir o golpe, essa questão do empate. O jogo estava controlado. A partir daí precisamos buscar soluções. Derrota dura, a gente sente na carne, mas precisamos buscar soluções. Mas ao mesmo tempo a gente tem que ter uma resposta rápida porque a gente tem um jogo contra o Aurora, na Bolívia, na altitude. Hoje a gente não mereceu vencer. Contabilizamos cinco chances do Vasco e cinco nossas. Eles fizeram quatro gols, nós fizemos gol – lembrou.
Equilíbrio emocional
— Uma das dificuldades que a gente tem. Se eu olhar em retrospectiva para os últimos dois anos para o Botafogo… o Luis Castro levou quase um ano para levar o Botafogo para um nível competitivo. E durou seis meses. Depois eu cheguei no final do ano já encontrando esse estado anímico. Por mais que a gente tenha mudado boa parte do elenco, a grande parcela da equipe titular é remanescente do ano passado e acaba somatizando esse tipo de situação. Nós vamos evoluir através de uma sequência de resultados positivos e de reforços que vão encorpar o grupo. Porque muitos jogadores estão pedindo para ter sequência fora da equipe para parar de carregar essa carga tão forte. Então você tem que ter mais jogadores de nível compatível para manter o Botafogo competindo em alto nível.
Time irregular
— Eu creio que a nossa equipe não consegue ter regularidade. Ela teve bons momentos sim. Contra o Flamengo, por exemplo, a fase defensiva foi muito bem. A fase ofensiva contra o Volta Redonda, por exemplo, a gente fez 3 a 0 e podia ter feito mais gols. Contra o Nova Iguaçu, a gente fez 2 gols e podia ter feito mais gols lá. Se eu pegar contra a Portuguesa, eles tiveram uma finalização e fizeram o gol. Eu entendo que a sequência de resultados, se olhar a tabela, transmite essa imagem. Antes de começar o jogo de hoje, a gente vinha com uma campanha que o Vasco, que tem mais tempo de trabalho que a gente. E nós estamos nos reconstruindo. Não só do baque do ano passado, mas de jogadores que saíram e outros chegando. Então o Botafogo ainda vai ser uma equipe forte, competitiva, confiável. Porque além da repetição do time, da condição de preparação de início de ano, vão chegar mais jogadores para encorpar esse grupo.
Eduardo
— O Eduardo fez dois golaços. Ele já jogou muito bem contra o Volta Redonda. Ele acabou não fazendo os gols, mas fez boa sequência. E aí também tem alguns momentos dentro do jogo que a equipe jogou bem coletivamente e potencializou a atuação do Eduardo. Claro que a partir do gol do Vasco aos 50 segundos existe uma queda emocional que atrapalha toda a equipe. Mas o Eduardo invidualmente ele foi um dos jogadores que mais mostrou poder de reação, indignação. E me deixa satisfeito porque ao final é um jogador experiente e dá uma resposta num momento que a gente precisa de jogadores referentes como ele em bom momento.
Time suficiente para Libertadores?
— A competição de mata-mata é diferente. Você sabe que qualquer gol marca diferença, fator local, altitude. Então eu creio que, sim, nós temos uma equipe competitiva e capaz de chegar a um fase competiva e capaz de chegar a uma fase de grupos da Libertadores. Mas ainda não é uma equipe que está pronta para disputar a temporada na sua melhor versão. Isso ocorrerá ao passar dos jogos, soma de minutos jogados e chegada dos jogadores que vão acrescentar qualidade ao grupo.
O Botafogo volta a campo contra o Aurora, quarta, 21, às 21h30, no Estádio Félix Capriles, pelo jogo de ida da pré-Libertadores.
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