A espera estreia de Keisuke Honda com a camisa do Botafogo, enfim, vai acontecer diante do Bangu, neste domingo, 15, às 16h, no Nilton Santos. É o que garante o técnico Paulo Autuori, mesmo que a FERJ decida por realizar o jogo com portões fechados por conta da pandemia do novo coronavírus.
— A princípio vai jogar. Depende se vai ter jogo, ainda não sabemos. Terá uma reunião e os dirigentes estão à espera do que os governantes vão decidir. A questão é: futebol sem torcida perde um dos protagonistas, que é o público. Tomar a decisão de jogar de portões fechados… Aí eu pergunto: jogadores e comissão estão imunes, são de raças diferentes? Não faz sentido. Se evita para os torcedores, evite para os outros também. Parece que o profissional de futebol é uma raça que está imune a qualquer problema — argumentou em coletiva de imprensa nesta sexta, 13.
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Posicionamento de Honda
— Isso está sendo preparado desde que ele começou a treinar com o grupo. Temos algumas hipóteses, algumas opções. O que é bom, não ter apenas uma. Ele nos dá essa possibilidade. No jogo com o Boavista, como a equipe jogou em termos de escalação? Fica essa dica, é uma opção.
Nazário e Honda podem jogar juntos?
— Dá para jogar o Bruno Nazário e o Honda? Claro que dá. Muda um pouco a característica da equipe. Se isso acontecer, temos que ter atenções a outras situações, que não vou falar aqui para não dar muitas pistas ao adversário.
Como Honda ajuda o grupo?
— Em países como o nosso, ele é, além de outras coisas, um banho de cidadania. Disciplina, lado profissional, como se sente envergonhado se não tiver performance… São coisas do japonês que transcendem o futebol. Como jogador, vai agregar porque joga sempre com o olhar no gol adversário, joga para frente. Temos que saber fazer isso. Se recuar a bola, é para gerar espaço no adversário e ter um caminho mais vertical. Quando ele vai receber a bola, o corpo já está preparado para fazer o jogo fluir para frente. É importante todos os jogadores entenderem isso.
Como o novo coronavírus afeta o futebol?
— Todos nós ficamos sem saber se vai haver ou não os jogos. Tem o jogo do Bangu, depois a Copa do Brasil, mas temos que esperar uma tomada de decisão geral. Isso transcende o futebol. Às vezes parece que o futebol fica alheio, e não é isso. Logicamente que afeta e preocupa. Qualquer cidadão tem algum nível de preocupação. Temos que pensar o futebol dentro desse contexto. Se parar, tem que parar tudo. Se tiver que mudar o calendário, que mude. Não houve Copa do Mundo em tempos de guerra. Hoje, não há guerra entre povos, ainda bem, mas vivemos uma guerra contra um vírus. Precisamos de medidas responsáveis.
— Essas tomadas de decisão têm que ser corajosas. Não importa muito tempo hábil. Me parece que clubes co-irmãos fecharam até para imprensa. É porque afeta todo mundo. Nós, que somos afetados pelo futebol, somos pessoas como as outras. Não podemos ficar alheios. É um respeito que tem haver com todos.
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