Líder isolado do Campeonato Brasileiro ao vencer o Flamengo por 2 a 0, no último domingo, no Maracanã, o Botafogo suscita cada vez mais o debate na imprensa esportiva. Após o clássico pelo Brasileirão, a colunista Milly Lacombe dedicou uma coluna no UOL para avaliar o resultado e, de quebra, criticar John Textor, dono da SAF alvinegra.
Isso porque o estadunidense comprou uma briga contra Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a arbitragem, sobre a qual afirma ter provas de manipulação de resultados em campo.
Leia trecho da coluna de Milly Lacombe
Dois mil e vinte e três foi um ano de tragédia para o botafoguense e para a botafoguense. Tragédia no maior sentido da expressão: ápice e queda. Gozo e fracasso. O ponto mais alto seguido do ponto mais baixo. Por que continuar assistindo aos jogos semana após semana? Vou desistir desse time. Eles não e amam como eu os amo. Não vale a pena tanto sofrimento. Chega. Deu. Tô fora.
Esse torcedor e essa torcedora, sejam eles quem forem, já estão de volta, devidamente tresloucados de paixão inclusive.
O Botafogo foi maior e melhor do que o arquirrival rubro-negro em campo pela quarta rodada o Brasileirão. Fez dois a zero com muita moral sobre um dos melhores times do continente. O Botafogo foi imenso.
[…]
É assim o futebol. O desempenho do poderoso Flamengo foi muito abaixo da média? Digamos que muito. A inteligência artificial de Textor, que sabe tanto de futebol quanto eu de física nuclear, deve estar intrigadíssima nessa segunda-feira. Quem são esses humanos que num dia estão por cima e no outro estão por baixo? Espécie estranha, cheia de sentimentos e contradições.
Mas o CEO do Botafogo, na vitória, não acha nada estranho. É só quando o time dele perde que ele sai arrumando desculpas e culpados para o lado de fora do muro. Quando ganha, nada mais natural. Então vamos beber e festejar.
Textor não conhece a alma desse jogo. Quem sabe o que é o futebol é o seu Antonio e a dona Olga, que há cinquenta anos choram e vibram pelo time da estrela solitária lá de Santa Cruz, ou de Madureira, ou de Bangu. São esses que de fato entendem que há dias bons e dias ruins. Dias de glória e dias de tragédia. Dias de Sol e dias de uma garoa fina que parece que jamais passará.
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Que texto fraquinho