João Paulo Magalhães Lins, presidente do Botafogo associativo, teve encontros com delegados da Eagle e da Ares na Europa para começar “a pavimentar um caminho sem John Textor”, de acordo com o “ge“.
A iniciativa é inédita na relação da SAF com o social. Em julho, João Paulo Magalhães foi fundamental para conter o ímpeto da Eagle de remover Textor do comando do Botafogo.

Ainda de acordo com a reportagem, João Paulo Magalhães se reuniu com representantes da Eagle e da Ares na Europa para saber qual seria o quadro financeiro e comerciais da SAF sem John Textor.
Sócio majoritário da SAF, o estadunidense já demonstrou o desejo de recomprar o Botafogo da Eagle, mas até agora não ofereceu nenhuma garantia financeira para a operação.
Toda e qualquer decisão ou movimento na SAF deve ter o aval do clube social, que detém 10% das ações. Internamente, aliás, o clube social tem buscado respostas. Conselheiros convocaram o ex-presidente Durcesio Mello para depor e mostrar apresentações financeiras sobre os anos de SAF.
Em entrevista ao “ge”, John Textor não poupou críticas à convocação do ex-presidente pelo Conselho Deliberativo.
— Eu aceito as críticas, mas não aceito o extremismo. O abuso ao Durcesio Mello (ex-presidente)… O clube social deveria deixá-lo em paz. Se ele não tivesse assinado os documentos que assinou, não teríamos criado um caminho para jogadores chegarem à Europa. Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus vieram por causa dos documentos que Durcesio assinou. Ele teve a visão da SAF e, se não tivesse feito isso, não teríamos a Libertadores. Se o clube social quer jogar isso fora, que seja, mas não quero esquecer o dia 30 de novembro, o melhor dia da maioria das nossas vidas – declarou.
‘Não somos o Vasco’
Apesar do indisfarçável desconforto com o clube social, Textor descartou qualquer conflito com o clube social, presidido por João Paulo Magalhães Lins, e lembrou a situação do Vasco, que se separou da 777 Partners em sua SAF.
– João Paulo comanda o clube social, eles têm várias opiniões. Eles têm 10% do Botafogo, estão sempre convidados para colaborar quando quiserem, mas a Eagle Football tem 90%. Não somos o Vasco, isso não é a 777. Temos bons acionistas e a governança do clube está boa, não precisa de mudanças – disse Textor, ao esclarecer as especulações sobre sua saída.
Comentários