No jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, o Botafogo venceu o Paraná por 1 a 0. O gol foi marcado por Luiz Fernando, logo no início do jogo. Após o apito final e a vitória pelo placar mínimo, a torcida vaiou o time. O técnico Paulo Autuori lembrou o momento e defendeu o trabalho do Botafogo.
— Quando a ferramenta preferencial de alguém é o martelo, é porque os problemas são só pregos. Aqueles que sabem o que é uma trajetória de uma equipe, para que não haja retrocessos, tem que entender uma coisa: a gente repetiu coisas boas do jogo contra o Flamengo. E acrescentamos algo diferente. Mas temos carências no momento de criar o jogo. Mas temos que ir por esse caminho, não podemos lamentar. Temos que arranjar soluções diferentes dentro das características dos jogadores. Três dias depois de outro jogo, repetimos alguns comportamentos. A equipe está começando a adquirir coisas que vão melhorar passo a passo.
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A partida de volta será na próxima quarta, na Vila Capanema.
Veja mais trechos da entrevista:
Caio Alexandre
— Caio deu uma fluidez no meio de campo, mas ainda tem alguns hábitos que não mudam de um dia para o outro. Nós, que estamos dentro, temos que ter tranquilidade para entender. Não fechando os olhos para as carências, mas estamos trabalhando para melhorar os mecanismos de todo o time. Estamos construindo algo interessante para o futuro. Vamos oscilar, o que é normal, só não podemos ter quedas radicais
O Botafogo volta a campo contra o Bangu, domingo, 15, às 16h, no Nilton Santos. O jogo marca a estreia de Keisuke Honda no Alvinegro.
Condicionamento físico
— O que houve de diferente do jogo de hoje ao do Flamengo: agredimos sem bola, pressionamos mais alto… Isso é lógico, e dá uma exigência maior em termos de desgaste. Até conseguirmos resistir mais a altas intensidades. Estamos tentando, passo a passo, ir ao encontro disso. É algo a ser construído. Falar de parte física é uma análise isolada. Não acredito em falar apenas da parte física ou parte tática… O mental e o emocional também têm muita influência. O calendário é uma realidade, não pode ser usado como bengala. O calendário é ridículo, sempre falei. Mas, quando você ganha, deixa de falar. Se ficarmos falando sempre nessa situação… Hoje, a equipe se comportou melhor, mas teve uma exigência diferente. Estamos mais agressivos, subimos mais a marcação, tentamos jogar mais com passes verticais. Tudo isso exige um esforço maior.
Estreia de Honda
— Sei a cabeça do Honda e do japonês em geral. Vai entrar um jogador com característica diferente. E que vai acrescentar muito no nosso jogo de criação, mais agudo. O Honda sempre joga para frente. Quando domina, já prepara o corpo para fazer essa bola entrar. E vamos precisar de movimento dos atacantes.
Setor de atuação de Honda
— Ainda não tenho essa resposta, mas espero ter nos próximos dias. Luiz Fernando fez um ótimo jogo, assim como fez na última partida. Temos o Luis pela esquerda, o Rhuan voltando… São alternativas que nós temos. Podemos até começar o jogo de uma maneira e terminar de outro. Isso é bom para mim, me permite ter soluções diferentes.
Poupar jogadores contra o Bangu?
— Não penso em tirar oito ou nove jogadores por causa de outra competição. Pretendo refrescar os setores quando tivermos uma sequência de jogos aguda. Mudar radicalmente eu não estou acostumado, não gosto. Não acho que é esse o caminho. Não penso em apenas um jogo, penso em construir um trabalho. Para no final deixar algo sólido. Vou sempre pensar que o jogo seguinte é importante para construir uma equipe. Até porque temos o Brasileiro pela frente e precisamos de uma equipe que nos dê o mínimo de garantia em termos competitivos.
Desempenho do setor ofensivo
— Falo sempre para os jogadores que temos uma estratégia coletiva, mas eles precisam ter uma estratégia individual. Temos que proporcionar para que o cara tenha mais de uma possibilidade, e aí a decisão é responsabilidade dele. Com as carências que temos, precisamos ser mais eficazes.
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