Filho do renomado e multicampeão Carlo Ancelotti, Davide ganhou o Botafogo para começar a dar seus primeiros passos na carreira do pai.
Há quase uma década na função de auxiliar de Carlo, viu cair no seu colo o comando do atual campeão da Libertadores e do Brasileiro — graças ao excêntrico John Textor.
Inegavelmente inteligente, Davide Ancelotti nunca negou sua inexperiência na função e, até por isso, sempre reconheceu o privilégio de estrear logo no comando de um gigante.
A inexperiência como técnico, porém, caminha para encurtar a trajetória no Botafogo.
Não pelos resultados.
Na contratamão do senso comum, penso que a essa altura do campeonato retirá-lo da função seria pior do que mantê-lo. Restam apenas 10 rodadas para o fim do Brasileiro. Além disso, John Textor já deixou evidente a incapacidade de contratar treinadores — Artur Jorge é a exceção que confirma a regra.
Davide Ancelotti começou a pavimentar o caminho da própria demissão no Botafogo na coletiva após a derrota para o Flamengo por 3 a 0, no Nilton Santos. Para justificar o resultado e a fase do time, disparou contra o sistema ofensivo e expôs Arthur Cabral. Publicamente.
No vestiário, a exposição pública de atletas costuma ser imperdoável. Até ali, Davide Ancelotti tinha o respaldo das lideranças do elenco para permanecer no comando.
Após episódios como o de ontem, no entanto, o quadro costuma mudar.
Tomara que não.
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