Fala, Torcedor: A hora de embalar é agora, Botafogo!

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Foto: Vítor Silva / Botafogo

Segunda vitória consecutiva e esperança renovada. Depois do triunfo na noite desta terça, 23, o Botafogo voltou a reagir na Série B e pode finalmente embalar uma sequência de vitórias visando o G4. A mudança no comando técnico parece ter dado ânimo, confiança e um comprometimento maior à equipe.

No jogo atrasado de ontem contra o CSA, o Botafogo iniciou a partida mal taticamente, certamente muito devido ao estilo adotado na fase de transição defensiva. A equipe marcou em bloco médio, fez uma pressão sem intensidade e, com isso, deixou o CSA sair tocando a bola com tranquilidade.

Já o Alvinegro procurou fazer sua saída de bola com ligação direta buscando os laterais e pontas em profundidade pela esquerda (Guilherme Santos e Diego Gonçalves). Assim nasceram algumas jogadas individuais de velocidade, mas todas sem nenhuma efetividade. O lance do gol inclusive veio justamente do lado oposto, pouco explorado pelo time nos 45 minutos iniciais.

Devido à transição lenta da equipe, o Botafogo fez um primeiro tempo fraquíssimo ofensivamente. O Alvinegro só foi criar sua primeira chance aos 42 minutos iniciais, no gol de Marco Antônio – que aliás, só ocorreu devido a insistência de Navarro e falha defensiva adversária.

Na parte defensiva, o Glorioso fez uma primeira etapa segura e só sofreu em um lance de bola parada aos 28 minutos, em que a bola atravessou a área mas ninguém completou.

Já no segundo tempo, o Alvinegro continuou com o bloco na mesma altura, mas fez uma pressão com uma intensidade maior. Essa mesma intensidade também presente na fase de organização ofensiva fez com que o Botafogo obtivesse uma melhora bastante significativa. Por isso, a equipe talvez tenha feito os seus melhores 45 minutos na competição.

Depois de aumentar o placar em mais uma jogada de raça de Rafael Navarro, o Glorioso continuou em busca do terceiro gol. E quase achou, especialmente em dois lances. Tanto em grande jogada coletiva que resultou em finalização de Diego Gonçalves na trave, quanto em grande jogada individual de Chay.

Defensivamente o Botafogo foi bem novamente, só levando dois lances de perigo e com o goleiro Diego Loureiro sendo pouco exigido.

Análises individuais

Chay fez os seus piores 45 minutos. Empenhou-se para dar opção e vigor ao time, mas errou praticamente tudo que tentou. Já na segunda etapa melhorou, buscando o jogo a todo momento e distribuindo passes. Aliás, fez uma bela jogada individual que por pouco não resultou em um golaço.

Mezenga e Gilvan apesar de demonstrarem extrema dificuldade na saída de bola foram muito seguros defensivamente e não comprometeram.

Daniel Borges fez o básico ofensivamente, aparecendo mais nos lançamentos buscando o lado esquerdo no primeiro tempo. Cumpriu bem seu papel defensivo, evitando até um gol adversário ao tirar de cabeça na pequena área aos 38 minutos iniciais.

Guilherme Santos, apesar de suas limitações técnicas, tentou impor algum ritmo ao time especialmente no primeiro tempo, buscando jogadas individuais de velocidade pelo lado esquerdo. Na etapa final, no entanto, apenas fechou sua lateral e mostrou segurança na parte defensiva. Para o “nível Guilherme Santos” que estamos acostumados, de fato, foi razoavelmente bem.

Diego Gonçalves, apesar de ter habilidade, costuma enfeitar muito. No segundo tempo, porém, com mais espaço pelo lado esquerdo, foi muito bem. Fez um belo gol em que finalizou sem chances para o goleiro. Além disso, quase aumentou o placar em chute na trave após grande jogada coletiva.

Pedro Castro e Barreto foram os piores em campo do Botafogo. Erraram praticamente tudo que tentaram. O primeiro já vem mal há muito tempo, errando passes bobos e sendo peça praticamente nula na fase de criação. O segundo não consegue exercer a sua função de desarmar e ocupar espaços, sendo inexplicável a sua titularidade.

Marco Antônio, que praticamente não tinha aparecido no jogo até o lance do primeiro gol, acabou sendo um dos melhores da partida. O meia, por exemplo, foi muito bem na finalização ao vencer o goleiro adversário em seu gol. Também foi importantíssimo na fase conclusiva do time nos 45 minutos finais.

Navarro foi fundamental para o resultado da partida e de longe o melhor jogador em campo. Nos dois lances de gol pressionou, acreditou nos erros adversários, e na base da vontade concedeu duas ótimas assistências. A sua entrega e oportunismo foram os principais fatores para a vitória. Por isso, é chocante o fato da diretoria ainda não ter renovado o seu contrato. Tão esperando o quê?

Agora seguimos muito mais esperançosos e em busca de aumentarmos essa sequência de vitórias. Nos restam mais cinco jogos neste primeiro turno, três em casa e dois fora. Precisamos de no mínimo 11 pontos. Sábado, contra o Vasco, é confronto direto. Vamos com tudo em busca da vitória para ficarmos ainda mais perto do G-4.

SAN.

Gustavo Santos, 18: estudante e torcedor do Botafogo do Rio de Janeiro/RJ.


*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Fogo na Rede.

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