
Decretado o rebaixamento do Botafogo, o comentarista Juca Kfouri, que garante ser botafoguense no Rio, lamentou a queda do Clube. Em sua coluna no UOL, o comentarista criticou as contratações do Alvinegro na temporada.
Leia a coluna:
Aos 23’33” de jogo no Engenhão, Maidana bateu pênalti inexistente, acusado pelo VAR, e fez Botafogo 0, Sport 1.
Estava decretado o terceiro rebaixamento do Botafogo, depois dos de 2002 e 2014.
Para quem cresceu botafoguense no Rio por causa de Mané Garrincha, Didi e Nilton Santos, difícil dizer que sentimento prepondera, se o de tristeza ou o de raiva.
O pior é não ter perspectiva, é não ver luz no fim do túnel, é ver um clube de 117 anos e tantas glórias definhar, como se não tivesse solução.
Honda? Abandonou o barco furado, até porque foi enganado.
Kalou? Estava na reserva e entrou no fim do jogo.
O gênio que os trouxe? Certamente não estava no Engenhão.
Desnecessário dizer que o Sport não tem nada a ver com isso e que os três pontos o colocavam em 14º lugar, dois pontos acima do Bahia, o primeiro dos últimos, e deixavam Fortaleza e Vasco para trás.
O Sport luta para evitar o sexto rebaixamento, depois de cair em 1989, 2001, 2009, 2012 e 2018.
Como daquelas coisas que só acontecem com o Botafogo, no banco pernambucano estava Jair Ventura Filho, talvez pela primeira vez sem a torcida do pai, Jairzinho, da geração que sucedeu a de Mané Garrincha no Glorioso.
Diga-se que com um trabalho lamentável, porque o Sport levou um sufoco da garotada botafoguense de dar vergonha, de maneira a justificar o empate e até uma virada.
Mas cadê frieza na hora de fazer o gol?
No Rio de Janeiro dos Cabrais e Crivellas só falta o Vasco também cair.
Daí até o Cristo Redentor descerá do Corcovado.
Chovia no Engenhão. Como se o céu fosse alvinegro.
Acabou o brilho da Estrela Solitária.

Siga-nos no Twitter | Siga-nos no Instagram | Siga-nos no Facebook
Seja o primeiro a comentar