CEO da SAF do Botafogo, Thairo Arruda declarou nesta quarta, 26, no Summit Academy da CBF, em São Paulo, que o clube trabalha para reestabelecer o vínculo com o Lyon após a ruptura recente dentro do grupo multiclubes da Eagle Holding. Ele também abordou o funcionamento do sistema financeiro compartilhado entre as equipes e esclareceu como se dá a convivência entre a SAF e o associativo no cotidiano do clube.
— Nós somos talvez os pioneiros, juntos a Cruzeiro e Bahia, estamos com quatro anos de SAF. Quando ouvi falar sobre o tema eu pensei, preciso transmitir algo baseado na experiência do Botafogo. A primeira lição aprendida é: não emprestem dinheiro ao Lyon, podem emprestar para qualquer outro clube, para o Lyon não, eles não pagam… brincadeira (risos) — declarou o dirigente.
Ao esclarecer o modelo implementado pelo grupo, Thairo afirmou que o sistema de caixa compartilhado foi fundamental nos primeiros anos e detalhou o movimento financeiro recente entre as equipes.
— O caso do Botafogo em fazer parte de um grupo multiclubes foi especial de fato. Deu muito certo nestes primeiros anos de existência. O John incrementou um sistema de caixa compartilhado entre os clubes, que é ótimo quando um clube precisa mais de caixa, e vice-versa, acontece uma troca. Se o Lyon vende um jogador por 50 milhões de euros, e o Botafogo precisa de caixa, e vice-versa.
— O que aconteceu recentemente foi que no começo o Botafogo se beneficiou disso porque tinha mais empréstimos do Lyon ao Botafogo. Depois isso se inverteu. Hoje o Botafogo vai fechar o ano de 2025 com uma receita recorde. Vamos fechar o ano com uma receita próxima de R$ 1,5 bilhão, boa parte deste valor a gente reparou o empréstimo do Lyon e também tivemos como saldo. Aconteceu essa ruptura, talvez temporária da sociedade. A gente está tentando se reestabelecer. Enfim, estão tendo muitas conversas para reestabelecer a união dos clubes e dos sócios — completou.

Relacionamento com o associativo
Thairo Arruda também tratou do relacionamento entre a SAF e o associativo do Botafogo, citando o processo de construção de limites operacionais nos últimos anos.
— A área mista, dos atletas, eles (associativo) diziam: “A gente precisa ir lá, o presidente, o vice-presidente, ter acesso ao campo”. Nós damos dá algumas credenciais todos os jogos. Então eles vão para lá com a gente, a gente passa a trabalhar junto, a tal ponto que eles começaram a querer entrar no vestiário. A partir daí a gente começa a colocar barreiras: “Você pode passar até aqui, daqui para frente você já não pode mais entrar”. Assim, a gente vai construindo esse entendimento de como as duas partes funcionam ao longo dos quatro anos. Talvez o primeiro e o segundo ano foram mais assim, mas tem limites.
— Hoje, chegamos num ponto em que as partes já se entendem só de olhar um para o outro. Portanto, a gente já sabe que pode e que não pode, isso tem tido bastante efeito positivo no Botafogo. Mesmo com a troca de presidência do ano passado para cá, continuamos tendo essa boa relação — explicou o CEO da SAF do Alvinegro.
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