Dono da SAF Botafogo, John Textor voltou a comentar as sanções impostas pela Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) ao Lyon, da França. O clube chegou a ser rebaixado por questões financeiras, mas teve o recurso aceito em julho e permaneceu na primeira divisão. Nesta semana, porém, a equipe francesa informou que está autorizada a realizar novas contratações, embora siga operando sob um teto salarial, com limite de gastos estabelecido pelo órgão regulador.
+ Leia as últimas notícias sobre o Mercado da Bola do Botafogo!
As recentes flexibilizações ocorreram após a chegada da sul-coreana Michele Kang à presidência do Lyon, cargo assumido depois do afastamento de Textor, em julho. Em entrevista à RMC Sport, o empresário afirmou que continua acompanhando de perto a situação do clube francês e fez críticas às decisões tomadas pela DNCG.
— Poderíamos (Lyon) ser muito melhores se tivéssemos mais jogadores. Jogadores que estivessem disponíveis para nós. Metade da equipe do Botafogo que venceu o PSG em Los Angeles (na Copa do Mundo de Clubes) se mataria para estar no Lyon. Mas não podem. A DNCG tomou uma decisão que, na minha opinião, é de natureza esportiva e não financeira — disse Textor em entrevista ao RMC Sport, da França.

O Lyon integra o Grupo Eagle, holding que também controla o Botafogo. John Textor segue como acionista majoritário da equipe francesa, apesar de ter renunciado oficialmente à presidência no dia 30 de junho. Durante a entrevista, o dirigente também comentou os motivos de sua saída do cargo.
— Sabíamos que, politicamente, em termos de governança, meu jeito brincalhão e disruptivo não era bom para o meu relacionamento com a DNCG, e pedi a ela que considerasse assumir esse papel. Com o rebaixamento, tornou-se necessário. A única maneira de superar a situação era mudar a liderança.
Na entrevista com a emissora francesa, Textor abordou ainda as chamadas “transferências fantasmas”, termo utilizado para se referir a atletas que teriam sido negociados do Botafogo para o Lyon, mas que nunca atuaram pela equipe europeia. Após detalhar o processo que envolveu a ida de Thiago Almada ao clube francês, ele citou os casos de Igor Jesus e Luiz Henrique, jogadores que, diferentemente do argentino, jamais vestiram a camisa do Lyon.
— Igor Jesus também foi contratado pela Eagle Football. Nós o contratamos de graça; Ele havia marcado um número incrível de gols nos Emirados Árabes Unidos. Talvez algumas pessoas duvidassem de sua capacidade. Talvez algumas pessoas estivessem preocupadas com suas lesões anteriores. Nós o trouxemos para o Brasil, e ele se tornou titular absoluto da seleção. Vocês o viram contra o PSG. Ele assinou um contrato na primavera de 2024 para se juntar ao Lyon ao final da temporada. Luiz Henrique, eleito o melhor jogador do Brasil, o melhor jogador da América do Sul, que brilhou na Copa Libertadores, também assinou um contrato. Lyon e Botafogo estavam no contrato assinado em janeiro de 2024. E ele poderia decidir em qual janela de transferências se juntaria ao Lyon.
Por fim, o empresário questionou diretamente a decisão da DNCG, órgão responsável pelo controle financeiro da Liga de Futebol Profissional da França, que manteve o teto salarial imposto ao clube. Segundo Textor, atletas como Igor Jesus e Luiz Henrique teriam condições de atuar pelo Lyon dentro de um cenário financeiro mais flexível.
Siga nossas redes: X, Instagram, Facebook, YouTube e TikTok





Comentários