Eduardo Barroca foi reapresentado ao Botafogo neste sábado, 28, no Nilton Santos. O profissional de 38 anos, que comandou o Clube em 2019, volta com a ingrata missão de livrar o Alvinegro do rebaixamento no Brasileiro. Na coletiva, o treinador lembrou a responsabilidade de assumir o Botafogo.
— Estou muito feliz com a oportunidade de estar no Botafogo mais uma vez. Todos sabem que minha ligação com o Botafogo nunca foi nem nunca será profissional. Existe uma ligação afetiva muito forte. Aproveito para agradecer ao Paulo Carneiro, presidente do Vitória, por ter entendido minha escolha. Desejo sucesso ao Vitória. Agora, à frente do Botafogo, assumo uma responsabilidade frontalmente diante de todos os torcedores para que a gente possa reverter uma situação adversa.
Mudanças seguidas de técnico
— Eu vou pautar meu primeiro momento de trabalho no Botafogo em alguns critérios bem claros. Estou chegando hoje, vou ter sete dias para treinar a equipe para o jogo contra o Flamengo. Estou vindo com um objetivo claro: blindagem externa, tenho visto uma órbita negativista. Os jogadores vão ter isso de mim para que eles possam trabalhar com tranquilidade. Para focar só no jogo e ser melhor que o adversário.
— Segundo ponto é entregar qualidade de trabalho e dedicação plena, para que eles enxerguem que o trabalho será pautado por critérios e coerência. E o terceiro e o principal: restabelecer uma confiança externa. Entendo que trabalhando em alto nível, se a gente não trabalha com confiança e alegria, não conseguimos trabalhar na plenitude. Vou me basear principalmente nesses três pontos.
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Confiança
— O tamanho da instituição que eu estou me faz acreditar. Posso elencar que em diversos jogos no Brasileiro, posso citar jogos contra o Flamengo, Corinthians, Goiás. Só aí estou falando de seis pontos que nos deixariam em outra situação. Fora questões de arbitragem. Nos últimos três jogos, fizemos gols em todos os jogos. Temos jogadores de Copa do Mundo, Cavalieri, Marcinho, jogadores campeões da base. A minha crença no objetivo alcançado está pautada em cima de confiança.
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O que trabalhar no grupo?
— Jogador de futebol tem três competições: a dele com ele mesmo. Ele precisa ser um profissional melhor dia após dia. A segunda é interna. Os jogadores da mesma posição. Essa é muito importante para nós nesse momento. Pedro Raul precisa ter receio do Babi e vice-versa. O Rentería, José Welison, Luiz Otávio. Isso vou estimular. E no dia do jogo os nossos jogadores se sobreporem frente aos adversários. Vou ser o elemento de blindagem externa e cobrança interna com eles.
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Clássico contra o Flamengo
— Adversário difícil que vive um bom momento. Mas meu foco vai ser totalmente em todas as questões internas que precisam melhorar em curto prazo. Qualidade do treinamento, melhora da bola parada ofensiva. Temos condições, pela qualidade de batedores que temos, de entregar mais neste sentido. Então meu foco nessa semana vai ser no Botafogo, na nossa blindagem interna. E naturalmente o jogo vai ser a consequência dessa preparação.
Honda
— Conto com todos os jogadores. É um momento para nos juntarmos, ter competição interna forte. Tenho certeza que todos os jogadores vão contribuir para que a gente reverta a situação atual.
Campeonato do Botafogo
— Vamos ter que fazer campeonato de recuperação. Isso é muito claro. A gente precisa fazer a melhor preparação possível para o jogo contra o Flamengo. Nossa semana precisa ter excelência, cobrança alta. Dar ao jogador a volta da confiança. Precisamos pensar o jogo a jogo.
Principal problema do Botafogo
— Confiança está ligada aos resultados. Mas o jogador não pode perder confiança. O jogador precisa acreditar na capacidade individual e coletiva. Principalmente quando veste uma camisa como a do Botafogo.
Expectativa para o retorno
— Esse grupo vai reagir a curto prazo, porque tem qualidade. Ninguém joga Copa do Mundo, Série A de Brasileiro e desaprende. A gente vai voltar a ser uma equipe muito forte a curto prazo.
— Vamos precisar levar vantagens para intervalo. Alguns momentos vamos precisar sofrer. Nesse momento precisaremos de uma série de competências, não só táticas, como técnicas, capacidade de decisão.
O que pesou para voltar
— Voltei pelo sentimento pelo Clube. Eu acredito nos jogadores. Trabalhei com mais de 80% do grupo. Eu queria estar aqui. O sentimento dos jogadores tenho certeza que é recíproco. Juntando tudo isso, não tem outro caminho a não ser assumir esse compromisso de frente.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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