Valentim é apresentado no Botafogo e revela que pagou para voltar

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Valentim apresentado Botafogo
Alberto Valentim durante apresentacao no Estadio Nilton Santos. 14 de Outubro de 2019, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Vitor Silva/Botafogo.rrImagem protegida pela Lei do Direito Autoral Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.r Botafogo x Goias no Estadio Nilton Santos. 09 de Outubro de 2019, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Vitor Silva/Botafogo. rImagem protegida pela Lei do Direito Autoral Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. r
Valentim apresentado Botafogo
Alberto Valentim foi apresentado nesta segunda no Botafogo. Foto: Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo apresentou oficialmente o técnico Alberto Valentim, nesta segunda (14), no Estádio Nilton Santos. De volta ao clube após mais de um ano, o treinador de 44 anos disse que a aceitação do elenco foi fundamental para retornar ao Alvinegro.

Na primeira passagem pelo Botafogo, em 2018, Valentim conquistou 11 vitórias, sete empates e sete derrotas — 53% de aproveitamento. Na ocasião, o treinador deixou o Botafogo para aceitar a proposta do Pyramids FC, do Egito.

O vice de futebol Gustavo Noronha abriu a coletiva de apresentação e explicou o que pesou para a escolha do treinador.

— Seria um perfil de profissional que se coadunasse com nosso elenco, ou seja, que pudesse extrair do nosso elenco o melhor. Não poderia dizer naquele momento que pudesse ser um profissional já conhecesse o elenco, porque daria pistas demais. O Alberto era o nosso Plano A desde o primeiro momento. Por várias razões, é um treinador que tem uma aceitação com o grupo, tem uma forma de treinamento que ficou para o nosso elenco de uma maneira muito presente. Diversos movimentos de posicionamento são lembrados. Nossos líderes do elenco, que trabalharam com eles, foram todos, sem exceção, foram muito receptivos. Alberto foi campeão conosco. É com muita satisfação que trazemos o Alberto de volta.

Valentim agradeceu a confiança da diretoria em seu nome e disse estar muito motivado para voltar a campo.

— Muito obrigado ao Gustavo Noronha, ao Anderson por este retorno. Estou muito feliz. Quando eu soube do interesse do Botafogo, estava torcendo para que terminasse da forma que terminou. E agora não vejo a hora de começar a trabalhar. Encontrei com a maior parte deles. Começar esse trabalho no Botafogo. O que posso dizer antes das perguntas é que estou muito feliz com este retorno.

Confira a íntegra da coletiva:

Que fatores te fizeram voltar?

— Primeiro por ter sido muito feliz aqui. Por grande parte do elenco continuar aqui. Grande parte das pessoas que estavam aqui ano passado continuam. E saber que podemos fazer um campeonato muito melhor do que estamos fazendo. A responsabilidade agora é minha de colocar o Botafogo em uma condição melhor. Sei das dificuldades, mas a diretoria está trabalhando para regularizar esta questão.

Dos últimos trabalhos o melhor foi aqui?

— Foi um dos melhores. Fui campeão. No Palmeiras também fiz um bom trabalho. No Vasco também fui bem, consegui ser campeão invicto 100% na Guanabara. E fui perder um clássico somente na final. Mas sem dúvida a que me deixou mais feliz foi o título do ano passado no Botafogo.

Qual o foco para este ano?

— Desde que eu acertei a minha volta, tive um papo com os jogadores que precisamos repetir o que fizemos de bom com o Barroca. O primeiro passo, sem dúvida nenhuma, é chegar aos 44, 45 pontos, que nos impede de cair. Eu vivo muito o presente, neste próximo adversário, neste clássico. Se tratando de primeiro objetivo, é sem dúvida fazermos com que o Botafogo permaneça sem risco na Série A.

Aceitação do elenco é fundamental?

— Vai acelerar o processo. Eu já os conheço, eles também conhecem o meu trabalho. Lembro que quando tive na primeira vez, tivemos oito ou nove sessões de treinos, que foram fundamentais para criar uma base. Exijo que que o trabalho tenha uma cara nossa. Para primeira e segunda partida teremos pouco tempo para treinar, então esse conhecimento facilita para o jogo contra o Vasco.

Multa com Avaí

— É questão minha com Avaí. Os valores vocês erraram, mas já conversei com o presidente Batistotti. Grande pessoa, grande presidente.

O que mudou do Valentim de 2018 para agora?

— Experiência. Impossível adquirir experiência sem viver essa profissão nossa. Hoje consigo enxergar coisas mais facilmente do que ano passado. Conceitualmente estou mais detalhista do que antes. Fortaleceu muitas coisas que eu queria. Outras eu deixei um pouco de lado. É importantíssimo isso – lidar e reconhecer alguns erros. Bater na tecla do que será positivo. Se eu tenho uma qualidade, estou muito atento de aprender com todos, de estar muito atento ao meu redor. Hoje consigo fazer com mais facilidade.

Críticas de Montenegro ao seu trabalho

— Respeito muito a opinião do Montenegro. Te falo isso de coração aberto, porque em momento algum, eu só soube depois, porque foi no dia do jogo contra o Vasco, ainda no Avaí. Não mudou nada a minha vontade de vir para cá. Quero trbaalhar muito forte para cumprir o meu contrato até dezembro de 2020. Em relação a ser um técnico de ponta. Não sou um técnico de ponta. Eu sei isso antes de qualquer dirigente. Estou apenas começando uma carreira. Eu tenho que trabalhar muito para chegar muito, se Deus quiser, a ser um técnico de ponta.

Vasco como adversário

— Coincidentemente, talvez tenha a equipe que mais enfrentei. Um clássico, a gente sabe, enfrentei agora recentemente com o Avaí. Está muito fresco ainda a minha memória do time do Vanderlei. Conheço grande parte do elenco do Vasco. Preciso trazer como lado positivo.

O que você consegue extrair do trabalho do Barroca e o que você vai contribuir para a performance do Botafogo?

— Conceitualmente, muitas coisas que eu gosto. Muito legal o período que estive muito próximo ao Barroca. Ele foi muito gentil. Lembro quando o Botafogo venceu o Avaí lá em Florianópolis, ele disse que pegou muitas coisas do período que estive aqui. Gosto de coisas que têm no trabalho dele. Mas de ponto de partida, fase ofensiva e defensiva, temos muito em comum.

Baixo poder ofensivo da equipe

— Para aumentar o número de finalizações no último terço, vocAê tem que ter a posse de bola, que eu gosto muito, temos que ter o momento de alternar esse jogo verticalizando mais. A ideia é essa dentro do que vamos treinar, porque vamos treinar muito isso. Precisamos alternar respeitando as características dos jogadores.

Você refletiu em fechar com o Botafogo por conta dos problemas financeiros?

— Uma das perguntas que fiz ao Anderson era sobre a aceitação por parte dos jogadores, porque é fundamental. Essa foi a minha preocupação. Parte financeira não chegamos a conversar, apesar do Anderson ter me passado algumas coisas. Não pesou para o meu acerto.

Como você enxerga o Botafogo hoje e o quanto pesou a torcida para este retorno?

— Muito importante. Eu fui muito feliz aqui no Botafogo. Eu sei que quando você marca o seu nome na história do clube, quando você tem essa aceitação por parte da torcida, a responsabilidade aumenta ainda mais. Eu venho com mais fome ainda para trabalhar aqui, para mostrar meu trabalho. Estou doido para ir para o campo. Quis estar aqui o mais perto dos jogadores, por isso fui para São Paulo para ficar mais perto dos atletas.

Ser treinador da nova fase do Botafogo te motivou?

— Muita responsabilidade. Quando se trata do Botafogo, um dos masiores do Brasil, é tamanha responsabilidade. Quero trabalhar mais, quero fazer com que todos dêem um pouco mais, a começar da comissão técnica, para gente manter o Botafogo na Série A do ano que vem e buscar algo mais.

Qual esquema tático ideal para este time do Botafogo?

— Certeza que vamos jogar com uma linha de quatro defensiva. No meu trabalho, nunca joguei com uma linha de 3, apesar de gostar e ter estudado muito isso. Não faço nenhum desenho não obedecendo as características dos jogadores. Não peço nada a eles que não caiba nas suas características. Sendo muito sincero, talvez a gente alterne um 4-3-3 com 4-2-3-1. Cabe aqui. E um 4-4-2 também.

O que você pretende com Diego Souza?

— O motivo destes três desenhos táticos é muito por causa do Diego. Podemos jogar com ele de 9 ou de 10, que ele faria tranquilamente. Por isso digo a vocês que muito provavelmente vamos ver um desenho diferente na minha passagem aqui como treinador.

Utilização da base

Barroca fez um trabalho fantástico. Sempre gostei de trabalhar com essa transição da base com profissional. Nos meus treinos vocês vão ver muito isso. Gosto muito desta mescla.

Pouco tempo de trabalho para treinadores no Brasil

— No Brasil é muito imediatismo, mas está acontecendo muito hoje na Itália. Vi uma entrevista do Guardiola dizendo que você vai ficar no clube se você ganhar. Como regra, é o resultado. Quem está na profissão sabe muito bem como funciona.

Quando você firmou os termos com o Botafogo?

— Achei estranho a pergunta em campo, antes da partida contra o Vasco, a pergunta sobre Botafogo. O Anderson Barros foi muito ético, correto. Entrou em contato primeiro com o presidente do Avaí com a intenção de me contratar. Depois soube através do Anderson também e quis deixar essa possibilidade de vir para cá somente depois do jogo contra o Vasco.

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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