Anunciado nesta sexta, 6, Artur Jorge foi apresentado oficialmente aos torcedores do Botafogo neste sábado, 6, no Estádio Nilton Santos. O treinador lembrou trecho da música da torcida para destacar o privilégio de ser um escolhido.
— Tem sido muito gratificante. Este é um projeto que se iniciou um pouco antes de eu chegar aqui. Tive o cuidado de perceber a dimensão real daquilo que o Botafogo representa porque enquanto história, tradição, não tenho dúvida. Sei que aqui não se é, mas sim se é escolhido. Sinto-me privilegiado por ser um escolhido. Sobre a minha chegada à cidade, é sempre gratificante. É uma cidade que nos diz muito. Estou fazendo esforço para me ajustar às expressões de vocês.
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Botafogo Way
— Quero o Botafogo dominante, dentro do contexto do elenco que nós temos, para conseguirmos que os atletas se adaptem àquilo que é uma identidade da comissão técnica.
Projeto Botafogo
— Foi fácil porque sei a dimensão do Botafogo. Desde sempre ouvi falar não só do Brasil, mas do Botafogo em sua dimensão, tradição. E sei que é um clube que tem vontade de se reiventar, readaptar. Então sinto que esse pode ser um desafio para mim. Então aceitei com toda a convicção. Este projeto cativa-me pelo que é. A parte desportiva, para voltarmos a ter um Botafogo capaz lutar por competições que está inserido. Este ano temos três competições importantes para nós. O regresso à Libertadores… então aqui, competitivamente, estamos inserido em todas as competições.

O que foi buscar no Botafogo
— Há uma questão muito importante. Compete a nós sermos capazes de gerar o controle emocional. Porque é importante termos a consciência de que temos um longo trabalho pela frente, para criar uma identidade, uma equipe de grande intensidade. Seros capazes de ter um controle de expectativas porque o caminho é longo. Temos 63 jogos pela frente, sem muito tempo. Sabemos que a torcida também tem expectativa alta. Mas posso garantir que seremos uma equipe corajosa seja contra quem for ou onde quer que seja.
Fabio Matias
— De uma forma muito clara, dizer que aquilo que tem sido o trabalho com o Fabio tem sido de cooperação. Muito antes de chegar a mim, tinham muito claro com o Fabio que seria um trabalho de transição. Nós viemos para agregar, somar, sempre deixando claro que o objetivo é o melhor para o Botafogo. O Fabio será auxiliar permanente e vai nos ajudar com informações do elenco. Queremos fazê-lo se sentir útil no papel da equipe. Queremos todos contribuir para que o Botafogo seja mais forte.
Nível de conhecimento do elenco
— Conheço todo o elenco que temos. Hoje é demasiado alargado para aquilo que temos pela frente. Estou satisfeito nessa altura pelo que tenho visto, sobretudo pelo compromisso deles no treinamento para ser o mais fiel e rigoroso nestes dois dias de treino. Estão comprometidos para termos uma época de sucesso.
Parte defensiva
— Desafio tremendo a partir desta altura porque nós sabemos e sentimos ao início da Libertadores pelo grau da dificuldade. Fizemos um arranque de ano com um estadual em que é um momento que a equipe vai se conhecendo. Aqui há a perfeita consciência de que tudo será diferente e mais difícil. Precisamos ter consistência.
— Para mim, a equipe começa no goleiro e termina no centroavante. Então precisamo ser mais fortes defensivamente e tive essa conversa hoje com os atletas, sobretudo os mais expostos no momento defensivo, os goleiros, os zagueiros, os laterais… nós precisamos ser mais fortes, mais consistentes. Para depois, podermos equilibrar. Agora o tempo não é muito. Andamos a trabalhar contra o relógio. É uma altura difícil para nós porque têm que se ajustar rapidamente a nós. Mas estou muito confiante com o nosso trabalho. Estou satisfeito com os atletas que tenho a minha disposição para fazermos a época que desejamos.
Primeiro trabalho fora de Portugal
— Tenho dito também que o projeto que nós queremos em relação à identidade, teremos um desafio tremendo. É isso que me desafia. Sair da minha zona de conforto para contribuir deste clube que é Glorioso. Acredito que o trabalho que vamos desenvolver aqui vai ao encontro da nossa ambição sem qualquer sombra de dúvida.
Pressão no Brasil
— Essa questão não se coloca no Brasil. Mas tenho confiança no trabalho. Sabemos também que há pressão porque somos objeto de julgamento. Já falei do controle de expectativas. É importante que nós possamos apenas no que é o foco, ajudar a equipe e que o elenco nos ajude também. Os jogadores capazes, comprometidos, determinados para nos ajudar. Da mesma forma que quero ganhar, seguramente tenho um elenco que quer ganhar tanto quanto eu. Então quero juntar a tudo isso a vontade da torcida para que sejamos mais fortes. Há um projeto e os resultados não serão sempre o que queremos, mas precisamos ter consistência para termos o resultado que queremos.
Relação com treinadores portugueses
— Quando temos chegada de treinadores portugueses de qualidade aqui, vemos com mais atenção porque tenho relação de amizade com Luis Castro, Abel Ferreira. Há, sim, esse conhecimento. Então neste sentido não falei com eles de forma direta até o momento, mas sei do que fizeram. Sei das dificuldades, vantagens e ambições de cada um de seus projetos.
Projeto Botafogo
— Os projetos têm sempre um denominador comum: dependem dos resultados. Eu tenho uma filosofia daquilo que é uma ambição que tenham capacidade, que sejam corajosas, que queiram ganhar. Quando falo de um projeto, é de reerguer um Botafogo que procurar consolidar o seu projeto na Série A. E tem feito. Basta ver a metade da época anterior. Então a partir daqui precisamos acrescentar consistência para ter pelo menos uma equipe competitiva e em busca de um objetivo só. O valor acrescenta-se com as pessoas que estão aqui dentro. Há muita gente que trabalha de uma forma apaixonada. Isso para mim é o projeto: são as pessoas. As pessoas fazem a diferença. Se cada um de nós der o melhor, estou convencido que pode ser um projeto de sucesso.
Experiência na altitude
— Nós vamos ter desafios que são para nós diferentes do que tínhamos em termos europeus. Basta ver que tivemos um jogo de Champions que viajamos 6h de avião e achamos muito. E agora vamos para Quito e vamos fazer 11h de viagem. Tudo isso deve ser reajustado. Não temos altitude na Europa. O Thiago Lopes tem essa responsabilidade porque vai trabalhar no departamento de sáude e desempenho. Vamos tentar minimizar o impacto que essa altitude faz. E vamos fazê-lo em termos de trabalho.
Calendário apertado
— Será importante fazermos avaliações. Esta dificuldade estamos preparados para isso. Porque nossos últimos seis meses passamos por isso em Portugal. Aqui a diferença são as distâncias. Trabalharemos no sentido de ajustar essa necessidade que temos.
Estrutura tática
— Teremos que ser inteligentes porque temos pouco tempo. Não é questão estrutural, mas comportamental. Isso tem a ver com a capacidade da equipe ter uma equipe mais curta, sólida defensiva, com gatilhos de pressão. Qualidade, segurança com momento de segurança a partir do jogo atrás. Se vamos jogar com três centrais, quatro jogadores não é importante. Mas sim o comportamento. Precisamos fazer que essa evolução seja visível.
Negociação
— Fui escolhido. Como dizemos aqui. Fui escolhido para ter uma primeira abordagem com o John primeiramente sobre a minha disponibilidade porque estava no Braga. Ao passo seguinte, a negociação entre os clubes, eu tinha que ficar reservado porque estava envolvido com o time. A partir daí, com o acordo entre os clubes, começamos a negociar a vinda para cá. Viemos com ambição e muitos sonhos para conquistar aqui.
Artur Jorge chega acompanhado de Franclim Carvalho (Auxiliar Técnico), João Cardoso (Auxiliar Técnico), Andre Cunha (Analista de Desempenho) e Tiago Lopes (Preparador Físico).
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