Barroca assume responsabilidade após derrota: “Preciso encontrar soluções”

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Barroca viu sua equipe ser superada pelo Santos, no Nilton Santos. Foto: Vitor Silva

Em casa, o Botafogo foi derrotado pelo Santos, por 1 a 0. O gol do Peixe foi marcado por Marinho, em belo chute fora da área. É a segunda derrota consecutiva do Alvinegro em casa. Em coletiva após a partida, o técnico Eduardo Barroca admitiu que a equipe está longe do ideal. Confira a íntegra da entrevista:

EXPLICAÇÃO DA DERROTA
Foi um jogo difícil. Essa sequência inicial é bastante difícil. O Santos começou um pouco melhor, mas a gente igualou. Voltamos para o segundo tempo e logo no início do segundo tempo o Santos perdeu um jogador. E até a gente perder o nosso jogador, a gente não conseguiu transformar o homem a mais em domínio. Marinho foi muito feliz na individualidade. Uma derrota que a gente não esperava. Trabalhamos firme para vencer, mas precisamos virar a chave porque quarta tem um jogo muito importante. Cabe a gente tirar a lição e ajustar para quarta.

DIFICULDADE NA TRANSIÇÃO
Tem sido constante na nossa equipe. A gente tem dificuldade de fazer essa transição com controle do jogo. Tanto que a gente teve 9 escanteios, teve muita finalização bloqueada porque estamos com dificuldade de encontrar clareza. O jogo terminou 50 x 50 na posse de bola. A responsabilidade é minha como treinador para encontrar soluções para isso. Preciso encontrar a forma de fazer com que a gente crie mais chances, que a gente chute mais, que a gente cruze melhor, que a gente aproveite melhor as bolas paradas, que faz diferença no campeonato. Não sou homem de transferir responsabilidade. É minha. Preciso encontrar a forma em treinamento, substituições, em escolha, para melhorar isso.

INFERIORIDADE
Hoje, de uma forma geral, a pressão não andou bem na minha equipe. Combinamos de fazê-lo para dificultar o Santos. A pressão no primeiro tempo já não foi adequada como havia pedido para eles. No segundo tempo, mesmo com um homem a menos, o Santos jogou com um conforto maior. A gente ficou pouco com a bola quando estávamos em superioridade numérica. Não tiramos proveito dessa oportunidade.

NOVA FORMAÇÃO
Já tenho trabalhado isso há alguns jogos. Com essa formação eu consigo mudar essa estrutura para um losango sem mexer peça. Com o Erik na frente consigo ter uma pressão no goleiro melhor, com uma perna mais rápida. Sem o Diego na referência a gente perde no jogo de parede, mas ganha em ataque às costas. Num primeiro momento o Erik fez o pedido, mas depois a gente deu uma afrouxada nesse sentido. Eu preciso ter frieza e clarividência para tirar coisas boas que o jogo me ofereceu. Contra um adversário muito difícil, contra um treinador muito bom e que está há mais tempo no trabalho. A gente precisa voltar a vencer o mais rápido possível.

ESTILO DE JOGO
Filosofia tem a ver com histórico do treinador, mas tem a ver com o clube que ele está e jogadores que eles têm. Ele tem característica de fazer saída com 3, eu gosto mais de saída com uma linha de 4. O Santos joga bom futebol, tem predominância técnica, ele costuma escolher jogadores especiais nesse sentido. Também gosto. Eu respeito muito a história desportiva dele, o trabalho que ele esta fazendo no Santos. A Sul-Americana é muito importante para nós. Cabe virar a chave, aprender com o jogo de hoje e fazer um grande jogo na quarta contra o Atlético.

VAIAS DA TORCIDA
O torcedor vaiou porque ele veio aqui esperando que a gente ganhasse e nós perdemos. Eu preciso ter clareza naquilo que estabeleci de meta para não errar na cobrança. Eu tenho dez jogos nesse segundo ciclo para conseguir uma pontuação adequada e ainda tenho dois jogos na Sul-Americana. A gente tem muito a crescer. A responsabilidade é minha. Tenho trabalhado bastante para que a gente cresça. Confio que vamos passar por cima das dificuldades, vencer os próximos desafios e prosperar.

TRABALHAR NA ADVERSIDADE
Primeiro eu tenho que entender por que a gente não ganhou. Vou ver o jogo sem a emoção, vou sentar com os jogadores e cobrar daquilo que eu entender que não andou bem. O torcedor do Botafogo precisa saber que eu sou o responsável por isso. Preciso ser justo com os jogadores, eles estão trabalhando firme, se dedicando. A gente precisa encontrar uma forma individual, coletiva, de chegar às vitórias. Hoje comparei com eles a partida contra o Fortaleza, que também foi um jogo muito duro. Contra o Fortaleza a gente fez uma substituição e o Alex decidiu em jogada individual do Diego. O nosso adversário hoje também. O Sampaoli fez uma mudança, que rendeu a expulsão do nosso jogador e depois decidiu o jogo individualmente.

PESO DA DERROTA PARA QUARTA
O torcedor apoiou o jogo todo, esteve do nosso lado. O torcedor vai no embalo do time. A gente precisa ser locomotiva desse trem. Não podemos ser vagão. Precisamos trabalhar duro, ter atitude que a torcida vai vir com a gente.

A próxima partida do Botafogo é pela Sul-Americana, quarta (24), contra o Atlético-MG, às 21h30 no Nilton Santos.

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Sobre Diego Mesquita 1556 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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