Bruno Lage lembra passagem pelo Botafogo e cita atrito com Tiquinho: “Só tive um problema”

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Paulo Calado / Record

Após mais de sete meses desde sua demissão do Botafogo, Bruno Lage finalmente abriu o jogo sobre sua passagem pelo clube. Em uma entrevista exclusiva à capa do jornal português “Record” desta quinta-feira, 16, o técnico relembrou o período no Glorioso e enfatizou não ter se arrependido de sua experiência no Brasil.

– Não me arrependo. É necessário entender o contexto. John Textor apresentou-me uma proposta para substituir o Luís Castro, que deixou o Botafogo na 12ª rodada, líder com sete pontos de vantagem. E mantém como objetivo os quatros primeiros lugares. Entre assinar os documentos e obter os vistos, o Cláudio Caçapa realiza três jogos do Brasileirão, vence-os e aumenta para 12 pontos a vantagem para o segundo lugar. Analisamos o plantel e transmitimos que precisávamos de um lateral-direito e era fundamental ter uma alternativa ao Tiquinho, que se lesionou depois.

— Apresentamos alguns nomes capazes de render no momento, mas contrataram dois jovens. Chegamos a ter 13 pontos de vantagem. Na nossa última rodada, empatamos com o Goiás e o Palmeiras perdeu para o Bragantino e ficamos com oito pontos. Após a nossa saída, o Botafogo venceu o Fluminense e o América-MG e aumentou a vantagem para 14 pontos. A partir daí, os problemas evidenciaram-se e a equipa não venceu mais nenhum jogo – relembrou.

Ele recordou o contexto em que assumiu o Botafogo e destacou os desafios enfrentados. A proposta inicial visava substituir Luís Castro, que deixou o time na liderança, com sete pontos de vantagem. Lage ressaltou a importância de reforços, como um lateral-direito e uma alternativa a Tiquinho Soares, mas lamentou que suas sugestões não tenham sido ouvidas pela diretoria.

– Isso é o menos importante, o que queria era ajudar o Botafogo a ser campeão e não foi possível. Lamento que as minhas apreensões não tivessem sido escutadas e que as nossas decisões não tivessem sido compreendidas, em particular a posição da lateral-direito e a gestão do Tiquinho – afirmou.

Proposta do Lyon

Quanto ao empate com o Goiás, que culminou em sua demissão, Bruno Lage esclareceu que não houve problemas com Tiquinho Soares, mas sim uma decisão técnica baseada no desempenho da equipe. Além disso, negou qualquer proposta do Lyon, esclarecendo que, desde sua saída do Botafogo, não recebeu ofertas do clube francês, refutando rumores recentes sobre sua possível contratação.

– Só tive um problema com o Tiquinho, que foi quando ele me marcou um golo quando jogava pelo Porto. É um excelente profissional, era a figura do Botafogo e tivemos o azar de o perder por lesão no nosso terceiro jogo no Brasileirão. Conseguimos reagir e contratar o Diego Costa. Para o jogo com o Góias, e em virtude de sentir que o Tiquinho ainda estava a encontrar o ritmo que tinha perdido, o Diego Costa pareceu-me a melhor solução. Como treinador tenho de decidir em função do rendimento da equipa. Nunca tive problemas com os jogadores por causa disso – disse Lage.

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Foto: Vítor Silva / Botafogo

Por fim, Bruno Lage negou qualquer proposta do Lyon, clube da Eagle Holding, de John Textor.

– Até hoje não recebi nenhuma oferta do Lyon. Desde a minha saída do Botafogo, diversos meios de comunicação têm mencionado essa hipótese (cláusula em seu contrato que o prometia ser o técnico do Lyon). Mas até hoje não recebi nenhuma proposta – afirmou.

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