O Botafogo estuda formas de aumentar sua receita, o que passa obrigatoriamente pela questão de administração de seu estádio. Em regime de silêncio absoluto, o clube estuda modelos de gestão para atrair eventos ao Nilton Santos, trazendo consigo dinheiro aos cofres do Clube. Uma das parcerias que vem sendo estudada pela diretoria é com a empresa WTorre, que transformou, em seus cinco primeiros anos, o estádio do Palmeiras em um campeão de receitas.
A construtora tem contrato de administração do Allianz Parque até 2044. Assim, a empresa estabelece a agenda da arena, fazendo com o que o Palmeiras dispute algumas partidas fora de seus domínios devido a shows e eventos. Em contrapartida, o clube paulista fica com 100% da bilheteria nas partidas e mais uma parte da arrecadação de eventos, camarotes e cadeiras cativas. Nos últimos cinco anos, por exemplo, o Allianz arrecadou R$ 310 milhões só em jogos de futebol.
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Administrador do Nilton Santos desde 2007, quando ainda se chamava João Havelange, o Glorioso tenta junto à prefeitura o aumento da concessão, que vai até 2031. Além disso, em paralelo, a diretoria traça caminhos de fazer com que o estádio ajude na batalha que o clube trava fora dos campos contra a maior crise econômica de sua história, como ficou claro na fala do CEO no segundo episódio de “Acesso Total”, do SporTV:
— Dívida é de R$ 940 milhões mais ou menos, mas aumenta a cada minuto que a gente conversa. São quatro etapas: estancar o sangramento, alinhar questão de receitas e despesas do desempenho operacional, captar recursos em quantidade, perfil e volume suficientes. A partir daí, com esse dinheiro, enfrentar a dívida que o Botafogo tem. Se qualquer uma dessas quatro etapas não for executada perfeitamente, certamente gente vai se complicar. — disse Jorge Braga.
Ainda de acordo com o diretor executivo, o estádio custa aos cofres do clube R$ 22 mil de custo diário.
O modelo Botafogo
Uma das propostas que o clube estuda é a negociação junto a WTorre para a administração do estádio. A empresa é parceira do Palmeiras no Allianz Parque e do Santos na construção da nova Vila Belmiro.
A ideia é que a empresa brasileira passe a gerir o estádio, mas tendo o Botafogo participação nos lucros de toda a operação, como ocorre com a casa do atual bicampeão da Libertadores.
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