Com a saída da Caixa Econômica Federal do espaço master da camisa, em março de 2019, o Botafogo deixou de arrecadar R$ 10 milhões anuais do antigo patrocinador. Desde então, a propriedade foi ocupada apenas pelo Azeite Royal, que ampliou por curto período o investimento na camisa.
Envolvida em acusações de fraude e associação criminosa, no entanto, a empresa anunciou o encerramento do vínculo com os clubes do Rio sob alegação da pandemia. Desde então, o VP comercial e marketing do Botafogo, Ricardo Rotenberg, acumula promessas nunca cumpridas.
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No final da temporada de 2018, o dirigente recém chegado na função, garantiu patrocínios ‘até no meião’ para aumentar receitas do Clube.
– Vamos preencher todo o uniforme com publicidade no ano que vem, 100% preenchido, até no meião. Cada um com seu poder aquisitivo para comprar os espaços, com diversos preços. Acho que quando você usa patrocínio pontual é sinal de que não conseguiu vender tudo. Não vamos precisar usar porque vamos vender todos os nossos espaços, estamos com propostas para todos, inclusive os espaços alternativos eventualmente com a saída da Caixa Econômica – disse ao ‘ge’.
Expectativa x realidade
Apesar da promessa, o Botafogo patinou em receita no ano seguinte. Não por acaso, conviveu com salários atrasados durante a temporada e o risco iminente de rebaixamento.
Em julho deste ano, Rotenberg declarou que havia ‘muita gente se aproximando’, inclusive com possibilidade de master. Apesar disso, o Botafogo segue com o espaço nobre da camisa vago.
— Tem um grupo muito interessado, inclusive de se aproximar da empresa no Botafogo. Está negociando patrocínio com possibilidade de master. Tem outra empresa forte de Engenharia que está negociando o patrocínio em outro local da camisa, senão o master. Tem muita gente se aproximando agora que a economia está retomando. Tudo da nossa querida terra, empresários, empresas e investidores brasileiros. Isso nos dá muito orgulho. São brasileiros interessados em patrocinar e fazer parcerias – revelou.
Além disso, segundo Rotenberg, o Clube também planejou iniciar o Brasileiro com um novo patrocinador, o que, novamente, não aconteceu nem mesmo com a chegada de astros internacionais como Keisuke Honda e Salomon Kalou.
— Estamos conversando com algumas empresas, discutindo preços. Não é fácil porque o mercado ficou mais pobre. As empresas empobreceram. Tudo isso faz a coisa ficar mais complexa. Estamos apresentando algumas propostas e tendo respostas boas. Esperamos começar o Campeonato Brasileiro com alguma coisa já estampada. Estamos tentando driblar tudo isso, essa questão da pandemia, para o Botafogo conseguir arrecadar um pouco mais com patrocínios – disse Rotenberg ao ‘GloboEsporte.com’.
Com a propriedade master vazia, a camisa do Botafogo tem estampada os patrocínios da Zinzane, Baterax, Casa de Apostas e Eletromil.
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Foto: Vítor Silva / Botafogo
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