Desde que Alberto Valentim assumiu o Botafogo, Victor Rangel passou a ganhar sequência na equipe titular. Logo após a derrota para o Vasco, o treinador começou a utilizar o atacante como referência para recuar Diego Souza ao meio-campo.
Contratado em junho para repor as perdas de Aguirre e Kieza, Victor Rangel soma 11 partidas pelo Botafogo no Brasileiro, mas ainda não marcou pelo Alvinegro.
O atacante esteve próximo de marcar na vitória contra o CSA, no Nilton Santos, e na derrota para o Grêmio, em Porto Alegre. Contra o gaúchos, inclusive, quase marcou um golaço de voleio.
Nesta terça, Victor Rangel conversou com exclusividade com o repórter Luan Faro, da Rádio Brasil. No papo, o centroavante projetou o jogo contra o Cruzeiro, rival direto contra o rebaixamento, e revelou como imagina marcar o primeiro gol com a camisa do Botafogo.
Partida contra o Cruzeiro
— Nessa reta final, a gente tem levado cada jogo como uma decisão. Esse contra o Cruzeiro não vai ser diferente. A gente sabe também que eles não vivem um bom momento e que vai ser um jogo muito complicado. O professor Valentim já está passando os caminhos para que a gente possa vencer esse jogo de suma importância para nós e, de repente, abrir uma diferença para o Cruzeiro que é um adversário direto na parte de baixo da tabela. É o nosso desejo, de fazer um grande jogo e fazer um dar essa alegria para o torcedor. É muito importante que eles compareçam em bom número para nos apoiar, nos incentivar e que a gente consiga dar uma resposta para eles com uma boa vitória.
Queda de rendimento no 2º turno
— Nós conversamos entre nós. Lamentamos esse momento ruim, essa sequência de derrotas e de resultados negativos, mas eu tenho certeza que não é falta de empenho, trabalho, porque são grandes jogadores, pessoas, profissionais. A gente, claro, quer fazer o melhor para o clube. Mas às vezes as coisas não acontecem como desejamos, o adversário tem uma estratégia melhor que a nossa. E acaba que o resultado não vem. Mas tenho certeza que não é falta de trabalho. Estamos trabalhando bastante para que as coisas possam dar certo. É isso que vamos continuar fazendo até o final nestes 10 jogos, para termos a melhor sequência possível. É claro que hoje a realidade são quatro pontos para zona de rebaixamento, mas a gente sonha alto, a gente quer chegar o mais alto possível na tabela. Uma vaga na Sul-Americana. É o pensamento de todos. Passar esse risco o mais rápido possível que é falado hoje, mas a gente sabe da força do nosso grupo, do nosso elenco. A gente não pode deixar que a dúvida entre na nossa cabeça, nós temos qualidade para estar numa situação melhor. Então, vamos trabalhar para pontuar o máximo nestes 10 jogos que restam.
O quanto vocês precisam se blindar do extracampo?
— Eu acho muito importante porque primeiro vem do professor Valentim, que a todo momento tem passado confiança para nós e tem, de certa forma, nos cobrado para blindarmos o companheiro, se ajudar, elevar a moral do companheiro. Não só para a gente evoluir, mas para ajudar o companheiro, porque assim o cresce o grupo. É o momento de cada vez mais a gente se blindar, estar unido, treinar muito forte para que os resultados possam acontecer.
Sequência como titular com Valentim
— Estou muito contente com a oportunidade que o professor Valentim tem me dado e eu quero fazer o melhor para poder retribuir a confiança e a escolha dele, ajudando o clube a vencer. É claro que os gols são muito importantes para o atacante. É normal ter feito alguns jogos e ainda não ter marcado. É normal gerar uma ansiedade, mas ele tem me passado confiança e eu quero retribuir ajudando o time a vencer. É claro que eu quero marcar e, se acontecer, vou ficar muito feliz, não adianta a gente marcar e o resultado não vir. Neste momento estou pensando no “nós”. Quero ajudar o clube a chegar às vitórias, ao seus objetivos no ano. Quando eu cheguei no clube, como eu disse, não sou vaidoso com números individuais, mas sim coletivos. Onde passei ultimamente tenho conquistado, seja um acesso, um título estadual ou vaga na Libertadores. Eu quero ajudar o clube em primeiro lugar.
Você sonha em fazer um gol pelo Botafogo de que forma?
— Eu confesso que eu já fiz o gol na cabeça de tudo quanto é jeito. Me pego pensando. Por algumas vezes, eu já fiz na carreira alguns gols acrobáticos – de voleio, de bibicleta. E estive próximo de fazer contra o CSA, mas não acertei. Contra o Grêmio passou perto também. Acho muito bonito esse gol, desde garoto tenho facilidade de fazer o movimento. Uma pena não ter acertado em cheio nas últimas oportunidades que tive. Importante é que possa sair o mais rápido possível e que eu possa ajudar o clube.
O Botafogo enfrenta o Cruzeiro nesta quinta, 31, às 21h30, no Estádio Nilton Santos.
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