Técnico do Botafogo, Bruno Lage fez questão de destacar o aniversário do Glorioso após a vitória, de virada, sobre o Internacional. Em coletiva de imprensa, o português lembrou a sinergia entre jogadores e torcida.
— Vamos começar pelo que é mais importante: o aniversário do Clube. Estes jogadores estão de parabéns porque fizeram o recorde de pontos do primeiro turno. Por isso, os jogadores corresponderam na totalidade naquilo que representa ser do Botafogo. E pelos torcedores que mais uma vez voltaram a encher o estádio. Eu hoje tomei café da manhã com um grupo de torcedores. Havia um senhor que me dizia, perto dos 60, 70 anos, que há muito tempo não via o Botafogo jogar assim. E independentemente do que acontecer, ele quer continuar a ver o Botafogo assim: a jogar bem e com uma identidade. Isso é de uma pessoa com idade, experiência e sabedoria. Eu me senti muito fortalecido para além da semana de trabalho. Depois disso passei essa confiança aos jogadores. Hoje esses fatores combinados fizeram uma grande noite – disse.
Mais declarações de Lage
Tapetinho
— Mais vale um bom sintético do que um mal gramado, né? Os jogadores têm se adaptado perfeitamente. Eu fiquei curioso em perceber e… aquilo que mais… porque é um sintético diferente. Quando entrei a primeira vez, no dia da apresentação… normalmente o sintético tem mais aquela borracha preta. Este não, este é de cortiça. Foi pensado de outra maneira. E aquilo que dá prazer em ver é que a equipe em casa tem um futebol fantástico. Os três jogos que fizemos em casa, com Coritiba, Guaraní e hoje, foi de qualidade, com inúmeras oportunidades de gols. Fizemos nove gols.
Mudanças
— O homem que eu tirei no intervalo, o Lucas Fernandes, vem de um período de lesão, fez um jogo no meio da semana de 80 minutos e foi ao limite. E nosso plano era ter um ou dois jogadores logo pronto para entrar e manter o jogo num nível de intensidade muito alto porque nós vimos. O Internacional fez um jogo fantástico contra o River Plate. E com um treinador novo, podia também eventualmnte dar continuidade a isso. Até porque tinha três dias entre os jogos. Nós sentimos isso. Mantivemos um nível alto. Curiosamente o Lucas Fernandes foi o homem que teve os três primeiros arremates para o gol. Depois surge o gol do Internacional. Ali há 10 minutos que a equipe fica querer resolver rápido o problema. Acho que depois dos 30, 35 minutos a equipe volta a crescer e ter mais oportunidades.
Projeto Botafogo
— Quando cá cheguei, percebi muito bem pelas palavras do John Textor qual era o projeto do Botafogo. O projeto do Botafogo é muito simples. Nós tínhamos o Rafael na direita, que infelizmente está fora da temporada. Mas um jogador de Premier League. Portanto, com maturidade. Depois veio o Di Plácido e temos o JP. Na esquerda, o Marçal, outro jogador de Premier League, com material. E temos o Hugo, que veio da base e que hoje deve ter sido… ou melhor, o melhor. Estamos de acordo. Ou seja, o trabalho é este. Foi fazer num curto espaço de tempo uma equipe que pudesse ser competitiva com jogadores com esta maturidade.
— Nós temos um conjunto de jogadores com muita experiência, qualidade, mas também estamos preparando o futuro. Esta caminhada vai ser muito longa porque quando faltar um jogador desta experiência, vai estar alguém muito novo com enorme potencial, mas que tem que ser acarinhado, preparado, para quando entrar consiga jogar. Não vamos meter uma enorme no Hugo, nem no Diego [Hernández], nem no Matí [Segovia], no Janderson. Vamos colocá-los num contexto favorável para continuarem a evoluir no treino e na competição, se forem chamados, tenham influência no jogo. Este é que o projeto do Botafogo.
Título Brasileiro
— Neste momento, o que que temos? Temos quantos pontos neste momento? 47. Já viu algum campeão do Brasileirão com 47 pontos? Então temos uma longa caminhada pela frente.
Tiquinho e Diego Costa juntos?
— É um dia de cada vez. Uma coisa que eu acredito é… vamos ver como encaixa. Eu só sei que temos ali um grande jogador. Eu já o conhecia. Não conversei com ele, mas fiz uma pressão enorme para vir. Parecia o Tiquinho e o Eduardo pressionando. O que era importante era todos nós estarmos confortáveis com a vinda do Diego. Estamos. Ele é um homem de fé, união e vem para ajudar. Vem com espírito enorme de se juntar a esta equipe. Por isso, acredito que fizemos um trabalho de trazer, neste momento, um homem e um jogador que vai nos ajudar a ser cada vez melhor.
O Botafogo volta a campo contra o São Paulo, sábado, 19, às 16h, no Morumbi, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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