
Sem técnico há dois meses, desde que Artur Jorge saiu para o Al-Rayyan, o Botafogo iniciou a temporada muito longe do que mostrou na última temporada, na qual conquistou a Libertadores e o Campeonato Brasileiro. Para a comentarista Jéssica Cescon, o Alvinegro, apesar da derrota, até melhorou contra o Flamengo, no Maracanã, mas sem comando corre um risco.
– O Botafogo teve mais atitude, além da entrada do Danilo (Barbosa) na zaga, que foi importante também. Acho que isso ajudou a equilibrar a partida, o Botafogo mais preparado, sim, para enfrentar o Flamengo, aquele da Supercopa chegou despreparado em relação às movimentação que o Flamengo faz na equipe titular, com a movimentação do Gonzalo, com o Gerson, com o Bruno Henrique, naquele jogo da Supercopa, aconteceu uma naturalidade imensa que o Botafogo não conseguiu ler as chegadas do Wesley lá na ponta direita, com toda essa movimentação acontecendo do ataque do Flamengo. Nesse jogo já era um Botafogo mais preparado – disse no “Redação SporTV” desta quinta, 13.

Perda de identidade
A comentarista também notou a ausência de John Textor no início da temporada e destacou a necessidade de foco maior no Botafogo.
– Eu concordo que deixem o Estadual de fora, pensando na temporada toda. Mesmo que o Botafogo estivesse usando esse tempo para planejar o seu elenco, para trazer o treinador, para aperfeiçoar a forma de jogar nesse time com o novo treinador. E não tem feito isso. Onde está o dono do Botafogo nesse momento? O dono do Botafogo tem que aparecer, esse dono do Botafogo tem que estar agora presente planejando esse Botafogo. O Botafogo não está dando bola pro Estadual? Beleza, mas o Botafogo está perdendo o seu DNA que ele custou tanto a construir nos últimos dois anos. Isso é o que o Botafogo tem de mais precioso. É isso que fez o Botafogo ter o melhor futebol do país, que fez conquistar o Brasileirão, que fez conquistar a Libertadores da América. Porque soube determinar uma forma de jogar, ir no mercado, contratar essas peças, buscar um treinador que tivesse a ver com essa nova marca do Botafogo. E isso tem se perdido.
— Eu vejo esse início de ano em um Botafogo que está perdendo a sua essência. É difícil resgatar depois. Pode ser então que o treinador que chegue ali, chegue com uma ideia bem diferente de jogo e mude de uma vez por todas em se desempenhar Botafoguense. Pode ser. Mas eu acho que se o Botafogo conseguiu aquilo, o que poucos clubes no Brasil conseguem, que é determinar uma identidade, sua própria marca no Botafogo.Deveria então zelar por isso. E não tem zelado. Esse início de ano, esse planejamento muito falho, é que mostra isso. Está deixando escorrer pelos dedos algo que construiu no ano passado – concluiu.
O Botafogo volta a campo contra o Boavista, sábado, 15, às 19h, em Bacaxá, pela 10ª rodada do Campeonato Carioca.
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