Editor-chefe de esportes no jornal “O Globo”, Thales Machado avaliou a demissão de Bruno Lage no Botafogo. Em participação no “Redação SporTV” desta quarta, 4, o jornalista fez um apanhado do atual cenário do Glorioso.
— O Botafogo tem um contexto muito particular que é não ganhar nada há 28 anos, uma ansiedade. A escolha do Tiquinho no banco foi muito ruim. Os jogadores acham que dá para fechar entre eles e dá, sim, para chegar ao título do Campeonato Brasileiro – iniciou.
Thales também pontuou escolhas acertadas de Bruno Lage na passagem pelo Botafogo, como a barração do lateral-direito Di Plácio, por exemplo.
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— Ao mesmo tempo há outras decisões do Bruno Lage que não são tão questionáveis assim. O Di Plácido, por exemplo, é um cara muito de grupo. Ele perdeu espaço com Bruno Lage, mas talvez merecidamente. Agora que os jogadores tomaram de assalto o comando, o Di Plácido volta por merecimento ou por esse pacto de união?
— O que o Bruno Lage precisava e não fez, e se esperava dele, era ganhar jogos, batalhas. Ganhasse Flamengo, Palmeiras, Grêmio. O Lage falhou muito nisso. Contra o Flamengo é um exemplo claro. Eu não sei se Lucio Flavio e Carli são capazes disso. Internamente o Lucio Flavio é visto com refino de treinador. Ele entende de bola, fez a transição do Caçapa. E o Carli é um gestor desse elenco. Agora eles vão conseguir fazer uma estratégia para vencer o Palmeiras em casa, por exemplo? O Fluminense do Fernadno Diniz. Essa é a dúvida que pega no Botafogo.
Risco
O jornalista vê como muito arriscado o movimento do Botafogo na reta final do Campeonato Brasileiro. Sem Bruno Lage, Lucio Flavio e Carli comandam a equipe, por ora, até o final da competição.
— A demissão só faz sentido se o clima ficou insustentável entre os jogadores e treinador. É uma opção muito arriscada deixar nas mãos dos jogadores. O Lucio Flavio nunca treinou, de fato, uma equipe – concluiu.
O Botafogo volta a campo contra o Fluminense, domingo, 8, às 16h, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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