Dos 20 clubes da Série A, 16 assinaram manifesto de apoio à Medida Provisória 984, batizada inicialmente como ‘MP do Flamengo’. Na prática, a medida, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dá às equipes os direitos de transmissão das partidas das quais são mandantes. O Botafogo, favorável a um amplo debate sobre os direitos de transmissão, não está entre os signatários.
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Além do Alvinegro, não assinaram o documento: Grêmio, Fluminense e São Paulo. A informação foi publicada inicialmente pelo jornalista Rodrigo Mattos, do UOL.
Embora não esteja entre os 16 clubes, o Botafogo acredita que a MP pode ser favorável aos clubes. Por isso, o Clube planeja, inclusive, ir ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para propor ajustes ao texto.
— Pode ser interessante para os clubes, mas tem que ser discutida. Não pode ser levada para apenas um clube. Em geral, isso pode ser um fator multiplicador de receita para os clubes. Pode criar uma certa independência. A nossa posição é de criar um pool coletivo que discuta isso, que seja um coletivo. O Flamengo não propôs ao presidente (Jair) Bolsonaro pensando nos outros, mas somente nele. Nós vamos aos deputados, ao Rodrigo Maia, para propor algumas mudanças para que a medida seja aperfeiçoada. Não queremos ter confronto com a Rede Globo, muito pelo contrário – disse Ricardo Rotenberg, vice comercial do Botafogo.
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Cautela justificada
A precaução do Botafogo ao abordar o tema da MP do Flamengo pode ser entendida pela dependência do Clube nas receitas da televisão. O último balanço divulgado mostrou que quase 50% das receitas do Botafogo são oriundas dos direitos de transmissão e cotas de TV da Rede Globo.
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As finanças do Clube, inclusive, foram tema de análise da PLURI Consultoria. Segundo o diretor Munir Dargham, o Botafogo deveria ter a origem de suas receitas mais bem distribuídas.
— O Botafogo depende muito de TV. Você não pode ter 50% de dependência da TV. Para este momento, na terra arrasada que a covid-19 gerou, não é de todo ruim. Porque você não tem bilheteria, venda de jogador. Mas fora deste cenário, é preciso fomentar outras receitas. De fato, a receita do Botafogo vindo do torcedor é muito baixa. Clubes muito menores têm melhor performance neste quesito – lembrou.
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