Xingado e vaiado pela torcida do Botafogo após a derrota para o América-MG pela Copa do Brasil, Luis Castro elencou as dificuldades que tem encontrado para montar a equipe. Em coletiva após o jogo, o treinador admitiu a instabilidade do time, mas lembrou a série de desfalques que acumula após cada partida.
– De fato, já jogamos em vários sistemas. Mas tudo isso por causa da instabilidade de jogadores que temos à disposição. Portanto, falar da evolução da equipe… podemos falar de uma atitude comportamental da equipe. Já tivemos ciclos que tivemos 4 derrotas, 3 vitórias, ciclos que não perdemos 7 jogos. Isso demonstra uma alternância – disse para completar:
– Acham que podemos ter uma estabilidade com o número de lesões ao longo de cada semana de trabalho? É impossível. Nós e qualquer equipe que aconteça vai ser assim. O que mais me custa no futebol são as injustiças. Eu sou um treinador que não fico eufórico quando sou elogiado. Mas também não fico lá no fundo quando sou criticado. Procuro me manter equilibrado. Mas há injustiças que me custam muito. Os meus jogadores são muito dignos. Entregam-se muito ao trabalho – garantiu.
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Pressão?
Cobrado pelas arquibancadas, Luis Castro garantiu que não sente qualquer pressão no Botafogo. Além disso, o treinador cobrou responsabilidade da imprensa e declarou que cumprirá o contrato com o Alvinegro.
– Claro que quero outra qualidade de jogo. E tenho confiança que vamos conseguir. Mas não a consigo ter assim: entra um sai outro. Ficamos sem três, depois ficamos sem quatro. Hoje ficamos sem Patrick de Paula, sem o Carli. No próximo jogo não temos dois laterais. Essa análise pode ser feita por vocês, não? Vocês [imprensa] têm que dizer isso. Não só o lado negativo. Vocês têm obrigação de elucidar. Ou vocês não querem dizer toda a verdade? Por quê? Para lançar a confusão no futebol? Para depois, de uma forma hipócrita, vêm a reagir aos acontecimentos de ontem [agressão de um torcedor do Santos ao goleiro Cássio, do Corinthians]. Paz no futebol acontece quando todos lutarem. Só que alguns que vivem desta forma. Porque sabem que o cliente quer sangue e servem sangue ao cliente. Eu procuro sempre pacificar o futebol. Estou determinado a seguir caminhos. Até o último segundo da minha vida no Brasil. Vou continuar até o fim do meu contrato. Não quero saber nada disso [pressão]. Sabe quando eu tive pressão? Quando tive que amparar meus pais com cancro todos os dias no hospital. Essa é a pressão da minha vida. Pressão de perder um jogo? Pelo amor de Deus – finalizou.
Plano A de John Textor, Luis Castro tem contrato com o Clube até o fim de 2024.
O Botafogo volta a campo contra o Atlético-MG, domingo, 17, às 18h, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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