No último dia 6, o Botafogo emitiu uma nota de esclarecimento para contrapor a informação de que a dívida do Clube é da marca de um bilhão. No comunicado do site oficial, o Botafogo admite o passivo superior a R$ 759 milhões.
No entanto, durante a reunião do Conselho Deliberativo para votação da Botafogo S/A, o déficit apresentado foi de R$ 1 bilhão. Após aprovação do projeto por unanimidade, o Fogo Na Rede questionou o presidente Nelson Mufarrej sobre o real tamanho da dívida do Botafogo.
— Olha, isso daí, eu acho que a gente tem que analisar de dois aspectos. Existe um bilhão. Não vou dizer que não. Agora, o investidor… isso está escrito no balanço. Se você somar a dívida mais as contingências, você vai chegar lá. Então o investidor tem que olhar as duas coisas. Então é um bilhão, certo? Essa é a minha posição — admitiu o presidente.
Veja mais declarações de Nelson Mufarrej à imprensa:
O que a aprovação da Botafogo S/A representa para o Clube?
— É uma data histórica, importante. Considero duas datas importantes que o Botafogo teve: de 1942, que foi a fusão, fazendo 77 anos, e agora, dia 12 de dezembro de 2019. Isso é sensacional. Emocionante. Estou muito contente. Como já falei, há um orgulho da minha parte por ser presidente e ter liderado esse processo todo. Vamos procurar, a partir de agora, atrair o investidor e tenho certeza que ele virá para que a gente se torne o primeiro clube, no Brasil, de adotar o modelo de S/A. É emocionante falar disso. É glorioso.
Durante este processo de profissionalização, o senhor colocou o clube acima de tudo e abriu mão do poder.
— Eu sou um botafoguense. Nós vivemos o Clube. Acho que não tem vaidade. Não sou vaidoso. Sou uma pessoa que quando assumiu o Botafogo, quis administrar o clube da melhor maneira possível. Às vezes, a gente por força financeira, muita gente diz que estamos administrando mal, mas não é. Uma coisa é administrar com dinheiro. Outra sem dinheiro. E nós conseguimos. Ao mesmo tempo, nós vínhamos pensando nesse processo de clube-empresa, e aí surgiu quando a Ernst & Young me entregou o projeto que foi elaborado por eles. A partir daí, começamos a deslanchar esse trabalho com a coordenação do Laércio e conseguimos montar o projeto. Então, eu fico orgulhoso de estar liderando este processo. Essa é a minha vaidade. E não ter que ficar aqui como todo diz “não quer largar o osso”. Não. Largar o osso para ver o Botafogo cada vez mais Glorioso. Tenho certeza que com o clube-empresa nós vamos chegar a ser, no mínimo, o time que vai dar mais jogadores à seleção.
Escolha por Valdir Espinosa e saída de Anderson Barros.
— Todo profissional tem direito a sair. O presidente do Palmeiras foi altamente elegante, me telefonou perguntando se nós poderíamos ceder o Anderson. E aí me deu um tempo para pensar. Imediatamente, nós vimos que seria melhor dar essa oportunidade. O Palmeiras e o Botafogo são dois times de ponta, sendo que o Palmeiras está acima pelo lado financeiro e com isso então acredito que o Anderson pode desenvolver melhor o seu trabalho. Em relação Valdir, é um cara que tem uma raiz muito grande no Botafogo. Foi jogador, técnico, gerente técnico. Tem uma bagagem muito boa, pode nos dar um subsídio até nós termos um investidor. Nós temos uma fé muito grande no trabalho dele. Foi uma boa aquisição que nós fizemos.
Como serão os próximos contratos? Mais curtos, até o Carioca?
— Eu não acho que um jogador vá aceitar um contrato de três meses. Então serão contratos de, no mínimo, um ano. Evidentemente, nós vamos trazer por força de empréstimo, porque nós não temos dinheiro. Então dentro também da parte salarial que esteja à altura do Botafogo. Enfim, é esso o trabalho que nós estamos fazendo. Certamente o Valdir Espinosa vai nos ajudar muito nesse segmento.
Seja o primeiro a comentar