Pedro Raul, do Botafogo, é contra retorno imediato do Estadual: ‘Precoce’

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Pedro Raul Botafogo Estadual
Foto: Reprodução

Enquanto a Federação de Futebol do Rio, Prefeitura e clubes discutem a volta dos jogos de futebol, o Botafogo e seus atletas mantém o discurso contrário. Em entrevista à Botafogo TV nesta terça, 16, o atacante Pedro Raul se posicionou sobre o possível retorno do Estadual.

— Acho cedo voltar esta quinta. É um tema polêmico. Vivendo o que estamos vivendo, acho precoce voltar essa semana. Mas não cabe a mim comentar isso. A gente precisa treinar para depois jogar. Não adianta a federação marcar os jogos sem que a gente antes esteja treinando – afirmou.

Pedro Raul Botafogo Estadual
Atacante do Botafogo, Pedro Raul é contra retorno imediato do Estadual. Foto: Reprodução

Artilheiro do Botafogo na temporada, Pedro Raul admite que a decisão sobre o retorno do Estadual não passa pelos atletas, mas confia na posição adotada pelo Clube.

— Momento muito delicado que o mundo está vivendo. A gente fez os testes semana passada, recebemos hoje os testes. É uma decisão que não cabe a nós, tem a ver com saúde. Os órgãos de saúde estão tomando as decisões. Acredito que a decisão do Botafogo é a correta. Tem que ter todos os cuidados possíveis.

Veja mais trechos da entrevista:

Quarentena

— Foi bom curtir a família. Esse período triste da sociedade acabou sendo bom porque podemos ficar dois, três meses perto dos pais, dos amigos.

Sacrifício

— Só não joguei dois, três jogos no sacrifício. O resto foi na injeção. Tinha semana que nem treinava. Só tratava. É muito difícil porque você acaba perdendo condicionamento. Mas a gente fez um trabalho junto com a comissão técnica, departamento médico que tentava me dar o mínimo possível de condição de jogo. Se não me engano, só o jogo contra o Flamengo e Macaé eu estava 100%. O mais importante foi a classificação na Copa do Brasil. Todo sacrifício valeu a pena.

Meta de gols

— Não gosto de traçar meta. Gosto de jogo a jogo ir fazendo. Se der todo jogo, melhor. Mas o mais importante é ajudar o Botafogo a conquistar vitórias.

Gol contra o Caxias

— Jogo difícil, campo muito ruim. Adversário forte, com atmosfera favorável a eles. Estávamos tendo dificuldade para ficar com a bola, devido ao campo. Abrir o placar ali deu uma tranquilidade ao time. Logo após levamos um gol, mas conseguimos controlar. É preciso saber sofrer. Internamente a gente teve a consciência que sabíamos sofrer.

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Matheus Nascimento

— Temos excelente informações dele. Gosto sempre de acolher o mais novos, porque quando eu era o mais novo, gostava de ser acolhido pelos mais velhos. Não que eu seja muito mais velho que ele. Jogador é sempre bem vindo do grupo. Todo mundo vai tratar bem. Vamos ajudá-lo ao máximo para que tenha uma adaptação mais rápida ao profissional.

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Gol no Maracanã

— É um templo, um verdadeiro sonho. Espero esse ano ainda poder realizar esse sonho. Contra o Flamengo tive a oportunidade de comemorar um gol lá por um minuto e meio, mas o VAR me tirou.

Início no Botafogo

— Foi muito bom o início. Me preparei muito para isso. Se eu não tivesse tido a lesão na perna, seria melhor ainda. É uma coisa que acontece com o atleta. São ossos do ofício. Espero dar sequência agora sem lesões. Poder jogar pelo Botafogo é um sonho.

Três meses de inatividade

— Todas as posições sentem. É um problema que afetou todos nós. Requer um tempo de adaptação, tempo de bola. Isso é algo que o atleta não perde 100%, mas o grosso não perde porque a gente joga desde criança. Nunca ficamos três meses sem atuar. Mas acredito que com uma semana de treino a gente consiga recuperar.

Bruno Nazário

— Digo para ele que quero, no mínimo, uma bola por jogo. Ele sabe como eu gosto de jogar. E vice-versa. A gente tenta se ajudar o máximo possível. Toda assistência é bem-vinda.

Futebol na TV

— Sempre que estou em casa, vejo os jogos. Gosto muito de ver o futebol alemão. É um campeonato muito ofensivo. A minha referência joga lá. Procuro acompanhar para ver como os atletas têm voltado. Acredito que não vai ser falha do atleta um erro de domínio, por exemplo. É minimizar, buscar estar mais atento, porque vai ser um momento de readaptação, que é ficar três meses sem jogar futebol.

Dimensão do Botafogo

— Quando eu recebi a proposta, não pensei nem meia vez. Se tratando de um Clube deste tamanho no cenário brasileiro, a gente não pode recusar. Eu vim justamente por isso.

— Espero voltar bem. Temos um excelente treinador que já ganhou tudo. Todos falam muito bem dele. Sou novo, tenho muito a aprender. Poder jogar com o Paulo (Autuori) é uma excelente oportunidade. Quero ajudar o clube a brigar por títulos. Nosso grupo é jovem, ambicioso. Esse ano vamos dar trabalho.

Exigência da torcida

— Pressão faz parte do futebol. Te exige estar no máximo dentro e fora de campo. Quando representa um clube como Botafogo não existe zona de conforto. Temos que saber lidar.

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Sobre Diego Mesquita 1557 Artigos
Botafoguense, 36 anos. Formado em Jornalismo pela FACHA (RJ), trabalhou como assessor de imprensa do Botafogo F.R em 2010. Hoje, é setorista independente.

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